Não consigo apontar falhas significativas. São pessoas com uma dedicação e uma energia constante cujas mensagens têm, mais que geralmente, uma significância enorme, e sempre sempre, muita atitude. Valeu a pena o preço do bilhete, altamente inflacionado pela adição de custos de viagem, portagens e nutrição, a caminhada de meia hora a passo rápido desde o parque das nações através do parque do tejo até ao recinto do espectáculo (recinto que devo dizer, estava MAL FEITO! PORRA! é que normalmente o palco deveria, penso eu, estar elevado, e a plateia em escada até ao palco, de forma a que grandes e pequenos pudessem assistir à grandiosidade deste espectáculo), o escrutínio de ter alguém a apalpar-me pela segunda vez na vida em que não queria ser apalpado (só sou apalpado contra vontade quando vou ver os MetallicA, parece-me que tenho que tomar uma decisão...), a náusea da mistura de cerveja, tabaco e ganzas em todo o lado (eu não consigo distinguir, mas viajei com indivíduos altamente especializados na detecção de alucinogéneos (será assim? ora, que se lixe)) e a pouco incomodativa mas sempre minimamente preocupante presença de moshistas, que aparentemente apreciam a minha companhia, outro evento repetido no Rock In Rio 2004, e aquele tipo que parecia que ia vomitar para cima de toda a gente, e a caminhada de volta, desta vez acompanhados de gente que partilhou esta solene experiência, e mais porreiro, arriscar-me a guiar às 3:30 da manhã até ao Algarve num carro cheio de gente a dormir.
Vale tudo a pena, pela parede de som que é projectada através de nós a cada batida da música (eu sei que é assim em todos os concertos, mas é sempre fixe), pelos solos fenomenais, e constantes menções de que os MetallicA me amam (o que dito assim até é esquisito, mas eu sei como eles se sentem e é recíproco) , pelo partilhar de uma música muito especial com alguém ainda mais especial, pelo convívio e partilha de um dos meus mais elevados valores com os meus melhores amigos, pela primeira vez que vi The Unforgiven tocada ao vivo (porque sou preguiçoso demais, mas parece-me que não tocam essa muito ao vivo...), pelas caretas do baixista e do baterista, pelo espectáculo pirotécnico característico (se calhar era de esperar que ele aprendesse depois do que lhe aconteceu, mas para o nosso deleite, ele não tem juízo xD), e por tudo isto fornecido ao mesmo tempo numa bandeja cara e esforçada mas muito querida.
Obrigado, MetallicA, voltem mais vezes.
PS: em breve, imagens e vídeos do espectáculo, se sair alguma coisa de jeito deste telemóvel. Vivam os telemóveis com câmara.
Friday, June 29, 2007
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