Yes, I'm a sellout.

Sunday, March 25, 2007

Chama

Não, não tenho de estar feliz, ou bem disposto.
Sim, posso comportar-me como uma criança à vontade.

Não as minhas ideias não são coerentes.
Sim, vou continuar a tê-las.

E se fizeres braço de ferro comigo, o facto de levares a minha mão abaixo apenas me fará ganhar de novo. As tuas convicções são o meu objectivo. Fazer-te tremer por dentro é o meu sucesso.

Os meus devaneios, quando me deixam correr à solta pelo campo do verbal ao gestual, do político ao filosófico, do ideal ao prático, são a minha arma. A minha mente torcida e atrofiada por anos de isolamento são a minha força. O meu desgosto e inconformismo são a minha tortura permanente, são a ferida aberta que não me deixa esquecer quem sou. Nunca verás alguém ficar tão alegre ao perder como eu. A dor que me causares apenas aliviará aquela que já sentia. Será um alívio. Se pudesse bater-te enquanto te mostro quem sou, podia ter um suporte visual para a minha destruição.

Estou aqui para te abalar. Para te desconcertar. Para te destruir.

Estou aqui para, nas ruínas do teu molde, encontrares a tua essência.

Estou aqui para a libertar. E ao fazê-lo não ficarei satisfeito. Há milhões como tu que ainda tenho pela frente. O meu objectivo nunca terá fim. Principalmente porque me tomarás sempre como louco.

Enquanto não fores surdo, não conseguirás evitar de te perguntar se este louco tem razão em algo do que diz...
...ahahahahahahhh... Este louco tem uma injecção de adrenalina das vibrações que a tua mente emite na sua frequência de corte... segundos antes de ceder...

Não acredito em nada. Consegues isso? Não acredito.

2 comments:

Lerkali said...

Escreves como um verdadeiro poeta!! Nao conhecia essa veia tua primo:)

suz said...

Todos os dias passo por aqui para ver se tens novos posts, uma vez que não consigo comentar este. Está brilhante!

bjs
=)