Wednesday, October 25, 2006
Fénix Invertida
Afinal pegaram neste renascimento, agarraram-no pelo pé e deram-lhe um tiro na cabeça.
Friday, October 20, 2006
Quero aqui dizer, hã..
Bom dia.
Estou a comunicar-lhes uma espécie de renascimento. A esperança que me restava fez-se valer. Lentamente ganho forças e alento. Como se passasse de cinzas a lume... Ainda é cedo para ter a certeza, mas se tudo correr bem em breve (espero) posso voltar a ser uma pessoa completa.
É que no decorrer dos ultimos quatro anos fui vítima de uma devastação da alma, por parte dos meus progenitores, sem que eles dessem por isso. Neste tempo todo nunca lhes quis dizer nada, porque mais do que tudo, não os queria magoar... É que eu cresci numa família onde a palavra dita não tem quase valor. As coisas são ditas e depois esquecidas. O meu azar é que eu não apanhei esse hábito. A minha cara-metade cedo se fez valer e mostrou-me o valor das palavras quando eu ainda não tinha toda a noção do seu impacto.
Sei que há quatro anos aprendi qualquer coisa... Não me lembro já o que foi, mas deixou-me com uma impressao completamente diferente do mundo. E não para o melhor. E à medida que isso me entristecia, os meus pais começavam a falar comigo como se fosse um adulto. Descobri que todos os dias em que tinha aulas de manhã, eles nunca discutiam, para eu ir para a escola com a mente descansada. Escusado será dizer, que a partir daí, esse princípio foi descurado. E eu, uma daquelas pessoas que tem medo que os pais se divorciem, não importa a sua idade, porque de alguma forma, o seu comportamento reflecte o meu futuro, comecei a piorar o meu já autodestrutivo modo de agir. Diziam que eu já não ria, mas isso já não era culpa minha. Bem sei que não posso culpá-los pelo meu consequente declínio a nível académico, mas tenho hoje a noção que de facto me afectavam, porque ontem, ao invés de pensar no que me estava a acontecer, durante uma aula um pouco mais parada, comecei a pensar num amigo meu, e noutras coisas. O que é mau nisto acontecer é eu ter dado por isso. Fiquei feliz, mas espero que este meu "conhecimento de que estou a sonhar" não afecte a minha recuperação.
De qualquer forma, com o já referido declínio da minha situação académica, as suas armas começavam a apontar para mim. Nunca fui um estudante que estudasse, mas nunca tinha tido maus resultados. Depois de um ano quase sem falhas, passei para um ano quase sem sucessos. Compreendo a revolta deles. Sinto-me sempre mal porque são eles que pagam os meus estudos. Tanto a revolta deles como a minha culpa me faziam sentir ainda pior. Mas no meu estado, ainda acho que fiz bem em faltar a aulas onde não me conseguia concentrar no que fazia, para passar algum tempo a relaxar e a divertir-me com os meus colegas. Nunca me culpo pelo que fiz. Só pelo que diziam de mim. Tudo o que fiz era absolutamente necessário à minha sobrevivência instantânea. Mesmo que a custo do futuro.
Depois começaram as obrigações. Tinha de trabalhar, mas não tinha inclinação para trabalhar com eles. O ramo não me interessa muito. A interpretação deles disto é que nunca lhes dou valor algum, que tudo o que fazem é em vão, porque eu só quero mandar aquilo tudo abaixo. Nível de moral a descer. Pensem na minha cara ao jantar quando tudo o que se fala é sobre trabalho, e depois passa-se para outro tema que se tornava habitual, eu. Começavam a fazer perguntas, tomando um tom cada vez mais agressivo. Tinha de ficar calado. Pelo bem de todos. Não conseguia fazer-lhes aquilo. O que esperava era acabar o curso e depois mudar-me para outro sítio. Também não suporto a ideia de pensarem que não gosto deles ou de estar com eles. (este post ja está a ficar comprido) .
Tentem compreender que o que eu sofria era de algo que podia ser evitado. E eu sabia-o. Isso agravava a minha dor. Sabia que não tinha de me sentir assim. Que eu é que de certa forma escolhia este estado.
A certo ponto, entrei num estado de graça. Quando conduzia, imaginava-me a bater contra outros ou contra coisas, a imaginar a minha morte. Quando eles me batalhavam a mente, imaginava-me dar uma cabeçada na mesa de forma a partir o crânio. Via na minha mente o meu próprio crânio a partir-se... Quando olhava da janela, quando agarrava em facas, enfim. as opções eram ilimitadas. A minha raiva culminava em picos de auto agressão. Leve, porque ainda tenho algum juízo... O meu escape eram os jogos de computador. Jogos agressivos. Infelizmente usados por eles para de novo me baixar a moral. Eram os jogos de computador e tu. Sabes bem.
Por fim, num dia fatídico, em que a minha tristeza começava a transparecer na faculdade, quando normalmente a escondia sob uma máscara, para depois chegar a casa e sentir-me ainda pior, voltei para casa, para uma última vez levar um murro psicológico... Ao jantar. Depois de jantar, levantei-me sem autorização, fui para um canto da casa, e deitei-me em posição fetal. A minha mãe culpava-me e ao meu pai de termos afastado o meu irmão de casa nessa noite. Sabia que tinha culpa, mas o meu irmão também nunca foi muito amigável comigo, especialmente nestes tempos, em que as minhas respostas não eram mais que um murmúrio. Naquele sítio, eu deixava o meu coração sangrar. A minha mãe veio ter comigo, após ter rugido mais umas pragas contra mim na cozinha, alimentando o meu gerador de dor, e não consegui conter-me... A minha sorte foi que apesar de não me conseguir conter, consegui salvá-la de algumas coisas... Pensei sempre o quanto me afectaria a mim se eu fosse fonte de tal dor a um filho meu... Por isso tentei poupá-la... Nunca sei porque faço isto...A minha vontade é de lhes jogar as minhas ruínas, que eu antes chamava mundo, em chamas e doença, para cima dela. Fiquei-me por a deixar espreitar pela fechadura.
Enfim, talvez seja o suficiente. Continuo a esperar que sim. Compreendo que há muita gente que sofre mais que eu. Mas não encontro outra dor que pudesse ser evitada... Uma condição imposta parece-me sempre uma questão de hábito. De vez em quando temos recaídas, mas geralmente penso que se aprende a viver com isso.. .penso... Agora quando me coloco no estado em que estava, sem saída aparente para além do tempo, (que estava seriamente intrincada na minha capacidade académica neste estado, coisa que seria de cerca de mais 5 anos) a minha dor era enorme. Eram os meus pais a fazer-me isto. Era eu a fazer-me isto. Era o meu irmão a fazer-me isto. E por fim era a hipótese de acabar com tudo, e a outra que me mostrava que podia simplesmente falar com eles. Mas sentir-me-ia culpado de lhes mostrar a minha dor.
Finalmente tudo acabou. Ou será que acabou? Às vezes, depois disto, sinto-me um louco dentro de uma casa de família, onde toda a gente é condescendente para mim, porque me passei dos carretos. Mas sempre é melhor que aquela situação.
Depois desta explicação para o meu estado aparente, talvez comecem a surgir posts de melhor humor.
Fica aí o som para a minha destruição -> Metallica - Dyer's Eve
Estou a comunicar-lhes uma espécie de renascimento. A esperança que me restava fez-se valer. Lentamente ganho forças e alento. Como se passasse de cinzas a lume... Ainda é cedo para ter a certeza, mas se tudo correr bem em breve (espero) posso voltar a ser uma pessoa completa.
É que no decorrer dos ultimos quatro anos fui vítima de uma devastação da alma, por parte dos meus progenitores, sem que eles dessem por isso. Neste tempo todo nunca lhes quis dizer nada, porque mais do que tudo, não os queria magoar... É que eu cresci numa família onde a palavra dita não tem quase valor. As coisas são ditas e depois esquecidas. O meu azar é que eu não apanhei esse hábito. A minha cara-metade cedo se fez valer e mostrou-me o valor das palavras quando eu ainda não tinha toda a noção do seu impacto.
Sei que há quatro anos aprendi qualquer coisa... Não me lembro já o que foi, mas deixou-me com uma impressao completamente diferente do mundo. E não para o melhor. E à medida que isso me entristecia, os meus pais começavam a falar comigo como se fosse um adulto. Descobri que todos os dias em que tinha aulas de manhã, eles nunca discutiam, para eu ir para a escola com a mente descansada. Escusado será dizer, que a partir daí, esse princípio foi descurado. E eu, uma daquelas pessoas que tem medo que os pais se divorciem, não importa a sua idade, porque de alguma forma, o seu comportamento reflecte o meu futuro, comecei a piorar o meu já autodestrutivo modo de agir. Diziam que eu já não ria, mas isso já não era culpa minha. Bem sei que não posso culpá-los pelo meu consequente declínio a nível académico, mas tenho hoje a noção que de facto me afectavam, porque ontem, ao invés de pensar no que me estava a acontecer, durante uma aula um pouco mais parada, comecei a pensar num amigo meu, e noutras coisas. O que é mau nisto acontecer é eu ter dado por isso. Fiquei feliz, mas espero que este meu "conhecimento de que estou a sonhar" não afecte a minha recuperação.
De qualquer forma, com o já referido declínio da minha situação académica, as suas armas começavam a apontar para mim. Nunca fui um estudante que estudasse, mas nunca tinha tido maus resultados. Depois de um ano quase sem falhas, passei para um ano quase sem sucessos. Compreendo a revolta deles. Sinto-me sempre mal porque são eles que pagam os meus estudos. Tanto a revolta deles como a minha culpa me faziam sentir ainda pior. Mas no meu estado, ainda acho que fiz bem em faltar a aulas onde não me conseguia concentrar no que fazia, para passar algum tempo a relaxar e a divertir-me com os meus colegas. Nunca me culpo pelo que fiz. Só pelo que diziam de mim. Tudo o que fiz era absolutamente necessário à minha sobrevivência instantânea. Mesmo que a custo do futuro.
Depois começaram as obrigações. Tinha de trabalhar, mas não tinha inclinação para trabalhar com eles. O ramo não me interessa muito. A interpretação deles disto é que nunca lhes dou valor algum, que tudo o que fazem é em vão, porque eu só quero mandar aquilo tudo abaixo. Nível de moral a descer. Pensem na minha cara ao jantar quando tudo o que se fala é sobre trabalho, e depois passa-se para outro tema que se tornava habitual, eu. Começavam a fazer perguntas, tomando um tom cada vez mais agressivo. Tinha de ficar calado. Pelo bem de todos. Não conseguia fazer-lhes aquilo. O que esperava era acabar o curso e depois mudar-me para outro sítio. Também não suporto a ideia de pensarem que não gosto deles ou de estar com eles. (este post ja está a ficar comprido) .
Tentem compreender que o que eu sofria era de algo que podia ser evitado. E eu sabia-o. Isso agravava a minha dor. Sabia que não tinha de me sentir assim. Que eu é que de certa forma escolhia este estado.
A certo ponto, entrei num estado de graça. Quando conduzia, imaginava-me a bater contra outros ou contra coisas, a imaginar a minha morte. Quando eles me batalhavam a mente, imaginava-me dar uma cabeçada na mesa de forma a partir o crânio. Via na minha mente o meu próprio crânio a partir-se... Quando olhava da janela, quando agarrava em facas, enfim. as opções eram ilimitadas. A minha raiva culminava em picos de auto agressão. Leve, porque ainda tenho algum juízo... O meu escape eram os jogos de computador. Jogos agressivos. Infelizmente usados por eles para de novo me baixar a moral. Eram os jogos de computador e tu. Sabes bem.
Por fim, num dia fatídico, em que a minha tristeza começava a transparecer na faculdade, quando normalmente a escondia sob uma máscara, para depois chegar a casa e sentir-me ainda pior, voltei para casa, para uma última vez levar um murro psicológico... Ao jantar. Depois de jantar, levantei-me sem autorização, fui para um canto da casa, e deitei-me em posição fetal. A minha mãe culpava-me e ao meu pai de termos afastado o meu irmão de casa nessa noite. Sabia que tinha culpa, mas o meu irmão também nunca foi muito amigável comigo, especialmente nestes tempos, em que as minhas respostas não eram mais que um murmúrio. Naquele sítio, eu deixava o meu coração sangrar. A minha mãe veio ter comigo, após ter rugido mais umas pragas contra mim na cozinha, alimentando o meu gerador de dor, e não consegui conter-me... A minha sorte foi que apesar de não me conseguir conter, consegui salvá-la de algumas coisas... Pensei sempre o quanto me afectaria a mim se eu fosse fonte de tal dor a um filho meu... Por isso tentei poupá-la... Nunca sei porque faço isto...A minha vontade é de lhes jogar as minhas ruínas, que eu antes chamava mundo, em chamas e doença, para cima dela. Fiquei-me por a deixar espreitar pela fechadura.
Enfim, talvez seja o suficiente. Continuo a esperar que sim. Compreendo que há muita gente que sofre mais que eu. Mas não encontro outra dor que pudesse ser evitada... Uma condição imposta parece-me sempre uma questão de hábito. De vez em quando temos recaídas, mas geralmente penso que se aprende a viver com isso.. .penso... Agora quando me coloco no estado em que estava, sem saída aparente para além do tempo, (que estava seriamente intrincada na minha capacidade académica neste estado, coisa que seria de cerca de mais 5 anos) a minha dor era enorme. Eram os meus pais a fazer-me isto. Era eu a fazer-me isto. Era o meu irmão a fazer-me isto. E por fim era a hipótese de acabar com tudo, e a outra que me mostrava que podia simplesmente falar com eles. Mas sentir-me-ia culpado de lhes mostrar a minha dor.
Finalmente tudo acabou. Ou será que acabou? Às vezes, depois disto, sinto-me um louco dentro de uma casa de família, onde toda a gente é condescendente para mim, porque me passei dos carretos. Mas sempre é melhor que aquela situação.
Depois desta explicação para o meu estado aparente, talvez comecem a surgir posts de melhor humor.
Fica aí o som para a minha destruição -> Metallica - Dyer's Eve
Sunday, October 15, 2006
E então era como se tivesse os braços esticados para além de mim
Faziam uns meses, talvez uns anos, já não me lembro bem, desde que tinha aprendido a tocar guitarra (ainda aprendo. todos os dias em que toco. Não sei muito, mas consigo tocar algumas musicas.) e tinha-me juntado a uns amigos meus que tinham uma banda de rock/metal ou qualquer coisa assim e precisavam de um vocalista e um guitarrista. Ih, sei que não canto bem, mas ao que parece chegou.
Naquela noite não fazia muito frio, mas dava para senti-lo. "nos ensaios fico sempre com a voz gasta... " penso.. Peço ao baixista um Smint (oops publicidade), porque me dava sempre mais uns minutos de voz... então preferi previnir... talvez tenha ajudado, talvez não.
Fomos chamados ao palco. Todos sabem que o nome não era muito bom, mas também como é que arranjam um nome para descrever tudo o que uma banda é? Ri-me para mim enquanto andava. Como iria parecer aquelas pessoas um tipo à noite ir de t-shirt de manga comprida (sei la.. é o tecido da t-shirt so que com as mangas compridas..) e calções de ganga? Mas isso provavelmente passava mais pela cabeça da minha mãe (sim a minha mamã tinha que estar no meu primeiro concerto com a minha banda. Afinal ela investiu mais nisto que eu) que ela é que se rala mais com isso. Ria-me mais de nervoso.. não me ria como um tique nervoso, ria-me por estar nervoso. Este tipo de nervoso é sempre interessante para mim...
Interessante. apesar de o palco estar aberto à entrada de todos, ali no meio do chão, sem protecções nem barreiras, ao entrar lá dentro e olhar para fora, tanta cabeça. O nervoso desapareceu-me da mente, apesar do meu corpo ainda sentir os seus efeitos. Sabia que nada podia fazer agora senão o que era suposto. Elevei a minha guitarra para me enfiar dentro da fita. Não me sentia estranho. Apesar de ser o vocalista da banda, fui o único a não dizer uma palavra de cumprimento à audiência. O baterista e o guitarrista puseram-se a fazer uma brincadeira (que se calhar nos custara o que mais tarde vos vou dizer) como se tivessem planeado antes. Eram muito prolíficos. O baixista dizia boa noite e umas graçolas quaisquer (so me dá vontade de rir). Feitos novatos na cena, virámo-nos uns para os outros e perguntámos "Prontos?". Sem uma resposta uníssona, o baterista iniciou o compasso que daria lugar à mais perfeita interpretação do tema que jamais fizemos. Os acordes iniciais de Master of Puppets dos Metallica, o equipamento era emprestado mas tinham-me ensinado a passar de distorção para limpo e vice-versa (não que não soubesse, só não era o meu amplificador) . As luzes, etc.. Não sabia se ia ouvir a minha própria voz, só esperava que não saísse muito mau.. Quando comecei a cantar, fiquei mais descansado.. conseguia ouvir-me perfeitamente.
O concerto era dado na minha escola, não conhecia imensa gente, mas quem conhecia estava lá. Só faltava uma pessoa, mas a culpa não foi sua. Quando somos novos sujeitamo-nos a outros. No entanto, haviam crianças a adultos, gente de todas as idades. à volta de 200 pessoas ouviam o nosso som, a maioria sem saber como é que nós tínhamos chegado ali, porque enfim, Metallica não é para todos... As pessoas ficam sentidas. é muito barulho. Eu até entendo, apesar de ser um fã.
Mas o objectivo deste post não é isso... é a sensação... O facto... a cada movimento do meu braço na guitarra, a cada vibração das cordas da guitarra e da minha voz, sentia-me crescer.. Um crescimento anormal. Como se no meu lugar estivesse, eu, de braços abertos, como vemos nos filmes, de braços abertos, a crescer cada vez mais... A minha mente divaga por tudo menos a musica. Esta é já mecânica. Abraço toda a gente no recinto, e depois toda a zona.. não consigo explicar-vos.. nem sequer me dava conta disto, não fosse um "break" pelo baterista que me deixou perplexo. Quebrei a minha divagação, olhei para ele, e quando dei por mim, estava atrasado um compasso e cantei dois versos no lugar de um, para compensar. Impressionantemente a guitarra continuava a tocar a musica dentro de tempo. Prolífico. boa palavra. Concentrei-me de novo. Descobri, enquanto olhava para as caras das pessoas à minha frente, à minha volta, nas alturas em que não tinha de cantar, olhava para os outros membros. Era a melhor sensação de sempre. As pessoas à minha frente vibravam por nós ou pela música, duvido que sentissem o que eu sentia. Nem sei se os meus colegas da banda sentiam o mesmo. Sabia que estava a perceber algo fenomenal. Passámos da master of puppets para a for whom the bell tolls, também dos metallica. todas as musicas que iríamos tocar eram dos metallica, apesar de não sermos uma banda de covers só dos metallica. Aconteceu. O nosso som nessa noite seria o melhor que alguma vez eu ouviria... até um dia que está para vir. Os meus joelhos tremiam, eram os nervos, a minha voz falhou-me um pouco no for whom the bell tolls, mas temos que seguir em frente. Os solos enquadravam-se na perfeição. Não sei o que pensava... tenho uma lembrança desse dia...
De repente acordo desse espectacular sonho... Somos empurrados para fora do palco enquanto entramos na Enter Sandman (acho que disse "fuck" muitas vezes, e a escola tinha muitos bifes e era gerida por um bife..) Senti-me triste, queria ficar ali... Mas estava tão contente ... encontrara... estava ali... Até agora perdi-me... Sei onde estou mas preciso de muito trabalho para me encontrar. Trabalho a que não me posso dar devido a circunstancias externas. Não há-de ser nada. Com o tempo tudo passa. Hei-de voltar aos palcos...
Lembro-me de ver o filme do concerto. Na minha cara mal se nota que estou frente às pessoas... O vento disfarçou as minhas pernas fracas graças aos calções ;) A minha mãe treme (parece medo) a cada palavra que digo, a cada batida da nossa musica...
Estou feliz.
A sensação de ser maior que o meu corpo deixou-me uma marca profunda. Não tenho nada de especial. Sei que toda a gente pode sentir o mesmo. Não bebo, fumo ou tomo drogas, daí sei que não foi alucinação. Sinto que todos somos do tamanho do que possa existir... Sinto que apesar disso não ocupamos o espaço uns dos outros. Sinto que a nossa existência actual e a nossa dependencia voluntária (ou quase, em alguns casos) do material levam-nos à pequenez. Somos pequenos robos. Como se a era industrial tivesse aplicado uma camada de metal sobre todos os homens. Apesar de termos máquinas a desempregar alguns, comportamo-nos como máquinas, em vez de como seres humanos.
Para mim somos enormes. Dói-me a destruição e o desperdício de tanta gente.
Sou só eu. Sou só eu?
Naquela noite não fazia muito frio, mas dava para senti-lo. "nos ensaios fico sempre com a voz gasta... " penso.. Peço ao baixista um Smint (oops publicidade), porque me dava sempre mais uns minutos de voz... então preferi previnir... talvez tenha ajudado, talvez não.
Fomos chamados ao palco. Todos sabem que o nome não era muito bom, mas também como é que arranjam um nome para descrever tudo o que uma banda é? Ri-me para mim enquanto andava. Como iria parecer aquelas pessoas um tipo à noite ir de t-shirt de manga comprida (sei la.. é o tecido da t-shirt so que com as mangas compridas..) e calções de ganga? Mas isso provavelmente passava mais pela cabeça da minha mãe (sim a minha mamã tinha que estar no meu primeiro concerto com a minha banda. Afinal ela investiu mais nisto que eu) que ela é que se rala mais com isso. Ria-me mais de nervoso.. não me ria como um tique nervoso, ria-me por estar nervoso. Este tipo de nervoso é sempre interessante para mim...
Interessante. apesar de o palco estar aberto à entrada de todos, ali no meio do chão, sem protecções nem barreiras, ao entrar lá dentro e olhar para fora, tanta cabeça. O nervoso desapareceu-me da mente, apesar do meu corpo ainda sentir os seus efeitos. Sabia que nada podia fazer agora senão o que era suposto. Elevei a minha guitarra para me enfiar dentro da fita. Não me sentia estranho. Apesar de ser o vocalista da banda, fui o único a não dizer uma palavra de cumprimento à audiência. O baterista e o guitarrista puseram-se a fazer uma brincadeira (que se calhar nos custara o que mais tarde vos vou dizer) como se tivessem planeado antes. Eram muito prolíficos. O baixista dizia boa noite e umas graçolas quaisquer (so me dá vontade de rir). Feitos novatos na cena, virámo-nos uns para os outros e perguntámos "Prontos?". Sem uma resposta uníssona, o baterista iniciou o compasso que daria lugar à mais perfeita interpretação do tema que jamais fizemos. Os acordes iniciais de Master of Puppets dos Metallica, o equipamento era emprestado mas tinham-me ensinado a passar de distorção para limpo e vice-versa (não que não soubesse, só não era o meu amplificador) . As luzes, etc.. Não sabia se ia ouvir a minha própria voz, só esperava que não saísse muito mau.. Quando comecei a cantar, fiquei mais descansado.. conseguia ouvir-me perfeitamente.
O concerto era dado na minha escola, não conhecia imensa gente, mas quem conhecia estava lá. Só faltava uma pessoa, mas a culpa não foi sua. Quando somos novos sujeitamo-nos a outros. No entanto, haviam crianças a adultos, gente de todas as idades. à volta de 200 pessoas ouviam o nosso som, a maioria sem saber como é que nós tínhamos chegado ali, porque enfim, Metallica não é para todos... As pessoas ficam sentidas. é muito barulho. Eu até entendo, apesar de ser um fã.
Mas o objectivo deste post não é isso... é a sensação... O facto... a cada movimento do meu braço na guitarra, a cada vibração das cordas da guitarra e da minha voz, sentia-me crescer.. Um crescimento anormal. Como se no meu lugar estivesse, eu, de braços abertos, como vemos nos filmes, de braços abertos, a crescer cada vez mais... A minha mente divaga por tudo menos a musica. Esta é já mecânica. Abraço toda a gente no recinto, e depois toda a zona.. não consigo explicar-vos.. nem sequer me dava conta disto, não fosse um "break" pelo baterista que me deixou perplexo. Quebrei a minha divagação, olhei para ele, e quando dei por mim, estava atrasado um compasso e cantei dois versos no lugar de um, para compensar. Impressionantemente a guitarra continuava a tocar a musica dentro de tempo. Prolífico. boa palavra. Concentrei-me de novo. Descobri, enquanto olhava para as caras das pessoas à minha frente, à minha volta, nas alturas em que não tinha de cantar, olhava para os outros membros. Era a melhor sensação de sempre. As pessoas à minha frente vibravam por nós ou pela música, duvido que sentissem o que eu sentia. Nem sei se os meus colegas da banda sentiam o mesmo. Sabia que estava a perceber algo fenomenal. Passámos da master of puppets para a for whom the bell tolls, também dos metallica. todas as musicas que iríamos tocar eram dos metallica, apesar de não sermos uma banda de covers só dos metallica. Aconteceu. O nosso som nessa noite seria o melhor que alguma vez eu ouviria... até um dia que está para vir. Os meus joelhos tremiam, eram os nervos, a minha voz falhou-me um pouco no for whom the bell tolls, mas temos que seguir em frente. Os solos enquadravam-se na perfeição. Não sei o que pensava... tenho uma lembrança desse dia...
De repente acordo desse espectacular sonho... Somos empurrados para fora do palco enquanto entramos na Enter Sandman (acho que disse "fuck" muitas vezes, e a escola tinha muitos bifes e era gerida por um bife..) Senti-me triste, queria ficar ali... Mas estava tão contente ... encontrara... estava ali... Até agora perdi-me... Sei onde estou mas preciso de muito trabalho para me encontrar. Trabalho a que não me posso dar devido a circunstancias externas. Não há-de ser nada. Com o tempo tudo passa. Hei-de voltar aos palcos...
Lembro-me de ver o filme do concerto. Na minha cara mal se nota que estou frente às pessoas... O vento disfarçou as minhas pernas fracas graças aos calções ;) A minha mãe treme (parece medo) a cada palavra que digo, a cada batida da nossa musica...
Estou feliz.
A sensação de ser maior que o meu corpo deixou-me uma marca profunda. Não tenho nada de especial. Sei que toda a gente pode sentir o mesmo. Não bebo, fumo ou tomo drogas, daí sei que não foi alucinação. Sinto que todos somos do tamanho do que possa existir... Sinto que apesar disso não ocupamos o espaço uns dos outros. Sinto que a nossa existência actual e a nossa dependencia voluntária (ou quase, em alguns casos) do material levam-nos à pequenez. Somos pequenos robos. Como se a era industrial tivesse aplicado uma camada de metal sobre todos os homens. Apesar de termos máquinas a desempregar alguns, comportamo-nos como máquinas, em vez de como seres humanos.
Para mim somos enormes. Dói-me a destruição e o desperdício de tanta gente.
Sou só eu. Sou só eu?
Thursday, October 12, 2006
Devaneios
Depois de ver a mini-série Bando de Irmãos( Band of Brothers ) e o filme Jarhead, apesar de não ser preciso ve-los, porque já tinha tido a mesma sensação de outras fontes, encontro-me hoje a perguntar-me se os presidentes ou os governantes já viram estes filmes/documentários. Pergunto-me também como é que as pessoas que viveram tal experiência alguma vez recuperaram... Vejo também o meu pai, que esteve no ultramar, que agora é uma pessoa aparentemente normal.. Não o debato com ele com medo de lhe provocar dor... Mas sinto-me estranhamente aliviado por "ainda" não ter tal experiência... Como pode alguém provocar tal conflito, tendo em mente os milhares, milhões que serão afectados por isto? Corrupção(tratado noutro blog) é uma coisa... mas isto... A guerra é um passatempo do diabo, se ele existe... Onde todos os homens que se metem nela perdem a alma... sinto eu... que só vi filmes e coisas do género... Os que morrem de alguma forma escapam-se a ter que viver assim o resto da vida... os que sobrevivem... como é possível voltar para um mundo assim? Como é possível sentir qualquer coisa depois de tal demonstração? não consigo exprimir-me...
... problema que reina imenso na minha vida, essa falta de propensão para a expressão... coisa que me prejudica a mim... de uma maneira incontrolável... como gostava de saber exprimir-me. Se conseguisse, os que agora me fazem tremer conseguiam sabe-lo sem tremerem também... Assim devo ficar calado e aguentar o meu tremor sem ruir...
...Sem ruir passaram os velhos monumentos romanos...Memórias estáticas de uma era, de uma cultura incrível. De realçar os monumentos romanos que estão lá faz mais de mil, mil e quinhentos anos, e os nossos... que permanecem durante uma década... duas talvez... A minha pergunta já não será tanto se não continuamos a ser grandes como éramos naquele tempo, se já não somos ambiciosos como antes éramos... Como sabíamos que podíamos mais que podemos agora... mas sim, se daqui a mil, mil e quinhentos anos, alguém contará a nossa história... Daqueles que viviam para o dinheiro... Daqueles que viviam em caixotes de betão... Daqueles que se destruíam tanto psicologicamente em retorno de um conforto material que , naturalmente, nunca chegava (de realçar nesta frase a destruição psicológica)... O que sobrará do nosso tempo para os estudiosos do futuro? Será que, como nós, passarão pelos impérios enormes e documentados... pela idade média...pela implantação da republica... e depois um golpe enorme? um vazio enorme, um buraco evolucionário... Poderá ser este um presságio do fim da nossa vida? "Se não têm mais história para me contar, não têm mais sentido de existir"... Porque não há vontade de grandeza? Porquê este afastamento da arte? Pudesse eu mudar alguma coisa... ah, mas posso... mas ainda não...
...ainda não é um plano recorrente na minha vida... ainda não, porquê? porque me falta unidade para comigo... E enquanto isto faltar... não consigo dedicar-me a mais do que ao melhor k consigo fazer pelo meu bem-estar... não sou egoista, pelo menos não me considero egoista, mas também que egoísta se considera egoísta? de qualquer forma... a meu ver, o que sinto, encontro-me num estado próximo de auto-destruição... às vezes sinto-me desvanecer... como se cada ponto de mim disparasse para uma direcção diferente...e tudo o k faço nessas alturas é lutar para permanecer... mais um segundo...
...mais um segundo na vida de uma criança...quando ainda só dizia na internet que tinha 16 anos... os meus doze anos... passei quatro anos a ter 16 anos no IRC... bons velhos tempos em que o IRC era rei. Agora temos conversas pessoas com cada um. pelo msn... pelo menos eu... antes haviam grandes discussoes online...agora há o som de gente a entrar e sair do canal (por favor entendam as figuras de estilo que uso... não há sons quando alguém entra ou sai do canal :S) mas i digress, ou como gosto de dizer, eu devaneio... Antes de chegar aos 16 anos era feliz... A partir dos 16 anos a minha vida deu um mergulho abismal. Acho que aprendi alguma coisa... não me lembro já do quê... sei que a partir daí... a minha vida tem andado em mínimos... Agarro-me ao que posso para me aguentar...
...Aguentar-me sem me rir quando vejo o presidente "cowboy" Bush a dar um discurso na televisão e a encravar a cada palavra... Não sei.. já não o culpo pelo que diz porque quero acreditar que há quem escreva os discursos por ele, mas sinceramente... se o tipo não aguenta uma frase sem entrar em ecrã azul.. Há algo de errado na américa.. há algo d errado em todo o lado também...
Há algo de errado em mim... há algo de errado em voces? acredito num poder enorme... não em deus... como já disse não quero ofender ninguém... acredito no homem... Acredito que o poder que faz o homem "bounce back" depois de ter passado por uma guerra... o poder de um homem querer erigir um monumento enorme... o meu poder , o vosso.. Esse monumento é o homem que o quis erigir. Juntamente com todos os que o ajudaram a erigi-lo...
Mas o que sei eu? força, se alguém sabe o que eu sei, se alguém sabe alguma coisa... eu quero saber alguma coisa...
... problema que reina imenso na minha vida, essa falta de propensão para a expressão... coisa que me prejudica a mim... de uma maneira incontrolável... como gostava de saber exprimir-me. Se conseguisse, os que agora me fazem tremer conseguiam sabe-lo sem tremerem também... Assim devo ficar calado e aguentar o meu tremor sem ruir...
...Sem ruir passaram os velhos monumentos romanos...Memórias estáticas de uma era, de uma cultura incrível. De realçar os monumentos romanos que estão lá faz mais de mil, mil e quinhentos anos, e os nossos... que permanecem durante uma década... duas talvez... A minha pergunta já não será tanto se não continuamos a ser grandes como éramos naquele tempo, se já não somos ambiciosos como antes éramos... Como sabíamos que podíamos mais que podemos agora... mas sim, se daqui a mil, mil e quinhentos anos, alguém contará a nossa história... Daqueles que viviam para o dinheiro... Daqueles que viviam em caixotes de betão... Daqueles que se destruíam tanto psicologicamente em retorno de um conforto material que , naturalmente, nunca chegava (de realçar nesta frase a destruição psicológica)... O que sobrará do nosso tempo para os estudiosos do futuro? Será que, como nós, passarão pelos impérios enormes e documentados... pela idade média...pela implantação da republica... e depois um golpe enorme? um vazio enorme, um buraco evolucionário... Poderá ser este um presságio do fim da nossa vida? "Se não têm mais história para me contar, não têm mais sentido de existir"... Porque não há vontade de grandeza? Porquê este afastamento da arte? Pudesse eu mudar alguma coisa... ah, mas posso... mas ainda não...
...ainda não é um plano recorrente na minha vida... ainda não, porquê? porque me falta unidade para comigo... E enquanto isto faltar... não consigo dedicar-me a mais do que ao melhor k consigo fazer pelo meu bem-estar... não sou egoista, pelo menos não me considero egoista, mas também que egoísta se considera egoísta? de qualquer forma... a meu ver, o que sinto, encontro-me num estado próximo de auto-destruição... às vezes sinto-me desvanecer... como se cada ponto de mim disparasse para uma direcção diferente...e tudo o k faço nessas alturas é lutar para permanecer... mais um segundo...
...mais um segundo na vida de uma criança...quando ainda só dizia na internet que tinha 16 anos... os meus doze anos... passei quatro anos a ter 16 anos no IRC... bons velhos tempos em que o IRC era rei. Agora temos conversas pessoas com cada um. pelo msn... pelo menos eu... antes haviam grandes discussoes online...agora há o som de gente a entrar e sair do canal (por favor entendam as figuras de estilo que uso... não há sons quando alguém entra ou sai do canal :S) mas i digress, ou como gosto de dizer, eu devaneio... Antes de chegar aos 16 anos era feliz... A partir dos 16 anos a minha vida deu um mergulho abismal. Acho que aprendi alguma coisa... não me lembro já do quê... sei que a partir daí... a minha vida tem andado em mínimos... Agarro-me ao que posso para me aguentar...
...Aguentar-me sem me rir quando vejo o presidente "cowboy" Bush a dar um discurso na televisão e a encravar a cada palavra... Não sei.. já não o culpo pelo que diz porque quero acreditar que há quem escreva os discursos por ele, mas sinceramente... se o tipo não aguenta uma frase sem entrar em ecrã azul.. Há algo de errado na américa.. há algo d errado em todo o lado também...
Há algo de errado em mim... há algo de errado em voces? acredito num poder enorme... não em deus... como já disse não quero ofender ninguém... acredito no homem... Acredito que o poder que faz o homem "bounce back" depois de ter passado por uma guerra... o poder de um homem querer erigir um monumento enorme... o meu poder , o vosso.. Esse monumento é o homem que o quis erigir. Juntamente com todos os que o ajudaram a erigi-lo...
Mas o que sei eu? força, se alguém sabe o que eu sei, se alguém sabe alguma coisa... eu quero saber alguma coisa...
Tuesday, October 10, 2006
Tu
Hoje perdi-me. Andava num mundo cinzento e preto.. Estava sozinho.. Ruídos altíssimos penetravam-me os ouvidos fazendo-me cambalear...Um sentimento de tristeza... de abandono.. assola-me... Apesar de presenciar o movimento, sinto como se o mundo estivesse parado...Como se o tempo passasse a uma velocidade que não dou por...E sinto-me velho...E frágil...Como se à mínima disfunção deste mundo morto um toque em mim me desfizesse em cinza...Uma simples camada daquela pele que sobra quando o bronzeado se vai... Sinto-me esvair-me nesta espiral tortuosa e descolorada...Com aquele ruído incessante a soar como um prenúncio do terrível...
Depois agarras-me a mão com mais força, e salvas-me do mundo... E estou a salvo... o som de uma brisa suave, num mundo vivo e cheio de cor...a melhor companhia...a vida regressa a mim... e olho-te e esboço um leve sorriso... merecias um sorriso enorme, mas faltam-me as forças... acabei de passar muito tempo... mas beijo-te levemente como agradecimento, embora nunca saibas o que fizeste por mim, o que fazes por mim...sempre que me acordas, minha cara-metade...amo-te
Depois agarras-me a mão com mais força, e salvas-me do mundo... E estou a salvo... o som de uma brisa suave, num mundo vivo e cheio de cor...a melhor companhia...a vida regressa a mim... e olho-te e esboço um leve sorriso... merecias um sorriso enorme, mas faltam-me as forças... acabei de passar muito tempo... mas beijo-te levemente como agradecimento, embora nunca saibas o que fizeste por mim, o que fazes por mim...sempre que me acordas, minha cara-metade...amo-te
Sunday, October 08, 2006
Inconformacia
Bem, admito que os meus posts teem sido um tanto ou quanto negros... Bem, não quero dar a impressão de que não há nada de bom na vida. Visto que este blog é suposto ser um relato da minha vida mental, e sendo uma vida, deverá ter os seus altos e baixos..
Enfim, posto isso, avanço para o tema de hoje: Corrupção política
Todos estão cientes do sistema que governa o nosso país. Grande parte deve estar ciente da corrupção que por um lado faz o país andar para a frente, sim, não pode ser negado, às vezes até faz bem ao país, mas que em última instância, deixa a maioria das pessoas com uma sensação de frustração.
Para começar queria saber que tipo de gente é esta que está no governo a tomar as decisões... Se esta gente teve pais... não quero insultar ninguém, mas os meus pais ensinaram-me uma vez que nao devo fazer aos outros o que não quero que me façam a mim... Será que esta gente não tem consciência do que faz?
Depois gostava de apontar um dedo (qual não digo) aos partidos. A esses antros de putrefacção mental e espiritual. A minha ideia é que os partidos são como um sítio onde se pode ser corrupto sem culpa e onde o ensinamento é para os limpos, e dita "va la, torce um pouco o braço ao pobre".
Por fim e como não podia deixar de ser, queria dirigir a palavra ao povo. Ao povo que crê que o exemplo vem de cima, e por essa ordem de ideias, não trabalha porque os que se encontram na esfera superior da hierarquia também não trabalham. snif snif, cheira-me a preguiça.
Ora nós todos queremos que o pais esteja melhor , não é? ora nós todos sabemos que os nossos políticos estão até à cintura (para não dizer pescoço) em desonestidade e corrupção. Então porque procuramos tais ideais? Quem disse que o exemplo vem de cima penso que provavelmente se referia a Deus (D maísculo para não desrespeitar os religiosos, devo dizer-me agnóstico, não acredito em nada. Não sei se existe ou não, não tenho provas práticas de que sim, por isso fico à espera. Mas se tal acontecer, contem comigo para me converter de imediato)(xii parenteses longos sempre não é? perdem-se um pouco? comentem xD). Aí sim, está um exemplo que se deve seguir. Agora por favor... o que vós dizeis é preguiça... Temos todos que puxar um pouco mais (excepto aqueles que já estão a puxar) para que o país se erga de novo. Não estou a dizer que a culpa não é dos políticos, e que eles não deviam ter o povo que merecem.. Mas isso vem a seguir...
A minha ideia é a seguinte. O sistema agora é formado por partidos, que nas eleições conseguem um (designado pelo partido) para se tornar presidente da república ou primeiro ministro, e também uns quantos lugares no parlamento para os "deputados". Como referi anteriormente, estes partidos estão com bom aspecto por fora, mas completamente consumidos pela sua corrupção por dentro. Um engenho muito bem construído para que eles ganhem mais. Quem não quereria? ah pois...
Depois temos o problema que desta forma, a maioria dos presentes no parlamento viriam da capital (Lisboa). Isto daria ao resto do país uma falta de relevância que é extremamente evidente no Algarve, onde o turismo é desprezado, um recurso tão importante para a economia do país. Não quero denegrir as outras fontes de lucro do país, mas deve ser admitido que o turismo é importantíssimo para o país e principalmente o Algarvio, devido, naturalmente, às praias.
Assim.. vamos a ver... Contamos quantas pessoas (portuguesas ou que contribuem para o país) estão em cada distrito. Usa-se a proporção Habitantes/populacao para determinar quantos deputados do distrito vão para o parlamento. p.ex. estive a ver agora e se contei bem temos 225 deputados no parlamento. Se o Algarve (refiro-me sempre ao algarve porque sou de cá. duh.) tiver por exemplo 1,7 milhões de habitantes, e portugal tem 9,8 milhões, entao 1,7/9,8 = 0,1734... que por si, 0,1734... * 225 = 39,00... ou seja 39 deputados seriam do Algarve. Pelo menos poderiam mostrar ao resto dos deputados o que se passa no algarve. Vamos meter mais um, talvez dois porque não me dei ao trablho de ver se o primeiro ministro e o presidente da republica constam da lista de deputados. E depois de todos serem eleitos para o parlamento, fazermo-los escolher os 3 que cada um escolheria para o lugar de presidente da republica, talvez com 2a volta como temos agora, e depois o mesmo processo para o primeiro ministro. As pastas seriam um truque lixado... Penso que deviam haver cursos superiores de Deputagem, ou politica, porque nao sei se há , nunca vi... até era porreiro porque eu acho k agora os políticos vão para lá com um pouco daquela experiência de contar como é k as coisas funcionam, sem haver tipo um sítio onde se possa aprender mesmo...E penso que nessa altura cada um deve dar cartas do que sabe, e deixar o presidente e o primeiro ministro escolherem... ou mais interactivo, mandar um formulario por correio para toda a gente, para que cada pessoa escolhesse... e mandasse de volta... até era interessante... Isto já é o chamado "pushing the envelope", abusar da boa-vontade das pessoas... são só ideias. Isto é tudo uma ideia... Onde a ideia geral seria... Vamos unir-nos para melhorar o país... Concordo que os políticos do país tenham uma vida honrada e que sejam respeitados. Mas para isso é preciso haver confiança e respeito pelo sistema.
Assim, tenho dito... Comentem, eu sei que tenho falhas e gostava de ver o o que acham...
Enfim, posto isso, avanço para o tema de hoje: Corrupção política
Todos estão cientes do sistema que governa o nosso país. Grande parte deve estar ciente da corrupção que por um lado faz o país andar para a frente, sim, não pode ser negado, às vezes até faz bem ao país, mas que em última instância, deixa a maioria das pessoas com uma sensação de frustração.
Para começar queria saber que tipo de gente é esta que está no governo a tomar as decisões... Se esta gente teve pais... não quero insultar ninguém, mas os meus pais ensinaram-me uma vez que nao devo fazer aos outros o que não quero que me façam a mim... Será que esta gente não tem consciência do que faz?
Depois gostava de apontar um dedo (qual não digo) aos partidos. A esses antros de putrefacção mental e espiritual. A minha ideia é que os partidos são como um sítio onde se pode ser corrupto sem culpa e onde o ensinamento é para os limpos, e dita "va la, torce um pouco o braço ao pobre".
Por fim e como não podia deixar de ser, queria dirigir a palavra ao povo. Ao povo que crê que o exemplo vem de cima, e por essa ordem de ideias, não trabalha porque os que se encontram na esfera superior da hierarquia também não trabalham. snif snif, cheira-me a preguiça.
Ora nós todos queremos que o pais esteja melhor , não é? ora nós todos sabemos que os nossos políticos estão até à cintura (para não dizer pescoço) em desonestidade e corrupção. Então porque procuramos tais ideais? Quem disse que o exemplo vem de cima penso que provavelmente se referia a Deus (D maísculo para não desrespeitar os religiosos, devo dizer-me agnóstico, não acredito em nada. Não sei se existe ou não, não tenho provas práticas de que sim, por isso fico à espera. Mas se tal acontecer, contem comigo para me converter de imediato)(xii parenteses longos sempre não é? perdem-se um pouco? comentem xD). Aí sim, está um exemplo que se deve seguir. Agora por favor... o que vós dizeis é preguiça... Temos todos que puxar um pouco mais (excepto aqueles que já estão a puxar) para que o país se erga de novo. Não estou a dizer que a culpa não é dos políticos, e que eles não deviam ter o povo que merecem.. Mas isso vem a seguir...
A minha ideia é a seguinte. O sistema agora é formado por partidos, que nas eleições conseguem um (designado pelo partido) para se tornar presidente da república ou primeiro ministro, e também uns quantos lugares no parlamento para os "deputados". Como referi anteriormente, estes partidos estão com bom aspecto por fora, mas completamente consumidos pela sua corrupção por dentro. Um engenho muito bem construído para que eles ganhem mais. Quem não quereria? ah pois...
Depois temos o problema que desta forma, a maioria dos presentes no parlamento viriam da capital (Lisboa). Isto daria ao resto do país uma falta de relevância que é extremamente evidente no Algarve, onde o turismo é desprezado, um recurso tão importante para a economia do país. Não quero denegrir as outras fontes de lucro do país, mas deve ser admitido que o turismo é importantíssimo para o país e principalmente o Algarvio, devido, naturalmente, às praias.
Assim.. vamos a ver... Contamos quantas pessoas (portuguesas ou que contribuem para o país) estão em cada distrito. Usa-se a proporção Habitantes/populacao para determinar quantos deputados do distrito vão para o parlamento. p.ex. estive a ver agora e se contei bem temos 225 deputados no parlamento. Se o Algarve (refiro-me sempre ao algarve porque sou de cá. duh.) tiver por exemplo 1,7 milhões de habitantes, e portugal tem 9,8 milhões, entao 1,7/9,8 = 0,1734... que por si, 0,1734... * 225 = 39,00... ou seja 39 deputados seriam do Algarve. Pelo menos poderiam mostrar ao resto dos deputados o que se passa no algarve. Vamos meter mais um, talvez dois porque não me dei ao trablho de ver se o primeiro ministro e o presidente da republica constam da lista de deputados. E depois de todos serem eleitos para o parlamento, fazermo-los escolher os 3 que cada um escolheria para o lugar de presidente da republica, talvez com 2a volta como temos agora, e depois o mesmo processo para o primeiro ministro. As pastas seriam um truque lixado... Penso que deviam haver cursos superiores de Deputagem, ou politica, porque nao sei se há , nunca vi... até era porreiro porque eu acho k agora os políticos vão para lá com um pouco daquela experiência de contar como é k as coisas funcionam, sem haver tipo um sítio onde se possa aprender mesmo...E penso que nessa altura cada um deve dar cartas do que sabe, e deixar o presidente e o primeiro ministro escolherem... ou mais interactivo, mandar um formulario por correio para toda a gente, para que cada pessoa escolhesse... e mandasse de volta... até era interessante... Isto já é o chamado "pushing the envelope", abusar da boa-vontade das pessoas... são só ideias. Isto é tudo uma ideia... Onde a ideia geral seria... Vamos unir-nos para melhorar o país... Concordo que os políticos do país tenham uma vida honrada e que sejam respeitados. Mas para isso é preciso haver confiança e respeito pelo sistema.
Assim, tenho dito... Comentem, eu sei que tenho falhas e gostava de ver o o que acham...
Saturday, October 07, 2006
Quem somos
A ideia de mundo inconformado provém basicamente do meu mundo. Da minha existencia, e de como há tanto no meu mundo a que não me posso habituar... tanto a que não posso baixar os braços e simplesmente aceitar... Parte desse tanto também diz respeito ao leitor, pois parte do meu mundo existe no exterior. A outra parte do meu mundo vai sendo libertada aos poucos do meu interior... como é com toda a gente que conheço... Aos poucos, poucos tão pequenos que normalmente não dá para perceber que é a minha alma que fez um flash em público, como se a minha máscara se despisse por uns segundos enquanto dirijo aquelas palavras e depois me fechasse de novo. A maioria das vezes em que essa rara e escassa essência de mim se liberta, sou vítima de mais uma agressão. As maiores agressões de que fui vítima... Provavelmente será por isso que só saio de mim de vez em quando, por muito pouco tempo.. para ver se ainda está a chover lá fora... Anseio pelo dia em que posso andar livremente pelo mundo... Mas esse dia não parece estar para breve. Já a ideia que esse dia alguma vez me alcançará é uma esperança ténue... Daí o meu inconformismo... A minha vontade de lutar pelo que sou... E não pelo que mostro...(Ao bom estilo de Joining You, de Alanis Morisette)(gostos musicais serão discutidos mais tarde. Tamos numa epoca inicial. Informação segue-se conforme me der na real gana) Se pudesse mostrar o que sou realmente e se acabasse por ser o que sou agora, meus leitores, e/ou leitoras (deverá ser sempre interpretado como uma visão geral das pessoas, masculino ou feminino, de todos os credos, raças e costumes), eu já cá não estaria convosco...Desde que ainda tivesse a coragem para fazer aquilo que referi agora...Senão ora dava em louco(também já estou quase lá) ora ficava como uma espécie de concha batida, mas eterna, vazia por dentro... Uma resistência natural aos assaltos auto-infligidos ou infligidos por outrém... Uma pessoa com o olhar frio, vazio e distante... Um louco sem calor, porque um louco natural tem uma vida enorme.. Servissem os loucos de exemplo para todos... Estes loucos que, regardless do que nós pensamos deles, ou do que eles pensam deles, vivem completamente livres de tudo... infelizmente têm que ser tomados conta para que não morram à fome...
Assim vão divergindo as minhas ideias... O meu inconformismo cresce, e só restam vocês, leitores (já disse que é para todos) para testemunharem da minha existência... Que existência peculiar, ser lembrado por gente que não conhece...
Secretamente desejo encontrar alguém como eu... mas que nunca venha a sofrer o que eu sofri... secretamente desejo que todo o povo seja como eu... Penso que há demasiada igualdade nas pessoas para o seu individualismo.. Apesar de sermos todos iguais (como eu acredito sermos iguais, em termos de direitos, porque eu no verão fico moreno, e no inverno fico mais branco... nunca percebi a questão do racismo, se todos mudamos de cor...) acredito que todos temos algo... nós próprios, e é o melhor que temos, e é o que temos de dar ao mundo...
Nota: Acabei de ter mais um momento de qualidade com a minha familia...deixou-me com vontade de desaparecer de uma maneira feia...
Infelizmente ou para meu bem, nunca hei-de perceber, vivo o meu mundo inconformado e luto imenso para nao me sujeitar a isto que me proponho fazer na minha mente... Luto contra esta vontade activamente durante o dia... Naturalmente os meus deveres sociais levam um rombo...
Bem, hei-de ca estar, uma parte de mim, de qualquer forma, para o proximo post.
Adeus, e até logo
Assim vão divergindo as minhas ideias... O meu inconformismo cresce, e só restam vocês, leitores (já disse que é para todos) para testemunharem da minha existência... Que existência peculiar, ser lembrado por gente que não conhece...
Secretamente desejo encontrar alguém como eu... mas que nunca venha a sofrer o que eu sofri... secretamente desejo que todo o povo seja como eu... Penso que há demasiada igualdade nas pessoas para o seu individualismo.. Apesar de sermos todos iguais (como eu acredito sermos iguais, em termos de direitos, porque eu no verão fico moreno, e no inverno fico mais branco... nunca percebi a questão do racismo, se todos mudamos de cor...) acredito que todos temos algo... nós próprios, e é o melhor que temos, e é o que temos de dar ao mundo...
Nota: Acabei de ter mais um momento de qualidade com a minha familia...deixou-me com vontade de desaparecer de uma maneira feia...
Infelizmente ou para meu bem, nunca hei-de perceber, vivo o meu mundo inconformado e luto imenso para nao me sujeitar a isto que me proponho fazer na minha mente... Luto contra esta vontade activamente durante o dia... Naturalmente os meus deveres sociais levam um rombo...
Bem, hei-de ca estar, uma parte de mim, de qualquer forma, para o proximo post.
Adeus, e até logo
Thursday, October 05, 2006
E no primeiro dia, eu fiz um blog!
Bem, é uma da manhã e não tenho mais nada que fazer, vou fazer um blog. Vou ocupar a internet com mais um espaço inútil. Inútil no sentido que não forneço serviço nenhum à comunidade sem ser talvez entreter...mas isso logo se vê.
Este blog deverá vir a ser o ponto de encontro dos meus devaneios mentais, das minhas alegrias, tristezas, basicamente do que sinto. Mas também um canal de transmissão de ideias. Quaisquer réstias de discussão filosófica e política virão decididamente parar aqui. E, naturalmente, nos dias de maior calor ou naqueles dias em que todos os parvos saem à rua para se meterem à minha frente sem sequer pensarem que pode existir outro carro na estrada naquela altura, verão aqui as produções, realizações e argumentações da minha prodigiosa e precocemente senil mente.
Assim, este blog servirá, quanto mais não seja, para manter a minha cabeça toda num sítio. Quanto mais não seja, na internet ;)
Obrigado pela vossa atenção,
Este blog deverá vir a ser o ponto de encontro dos meus devaneios mentais, das minhas alegrias, tristezas, basicamente do que sinto. Mas também um canal de transmissão de ideias. Quaisquer réstias de discussão filosófica e política virão decididamente parar aqui. E, naturalmente, nos dias de maior calor ou naqueles dias em que todos os parvos saem à rua para se meterem à minha frente sem sequer pensarem que pode existir outro carro na estrada naquela altura, verão aqui as produções, realizações e argumentações da minha prodigiosa e precocemente senil mente.
Assim, este blog servirá, quanto mais não seja, para manter a minha cabeça toda num sítio. Quanto mais não seja, na internet ;)
Obrigado pela vossa atenção,
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