Depois de ver a mini-série Bando de Irmãos( Band of Brothers ) e o filme Jarhead, apesar de não ser preciso ve-los, porque já tinha tido a mesma sensação de outras fontes, encontro-me hoje a perguntar-me se os presidentes ou os governantes já viram estes filmes/documentários. Pergunto-me também como é que as pessoas que viveram tal experiência alguma vez recuperaram... Vejo também o meu pai, que esteve no ultramar, que agora é uma pessoa aparentemente normal.. Não o debato com ele com medo de lhe provocar dor... Mas sinto-me estranhamente aliviado por "ainda" não ter tal experiência... Como pode alguém provocar tal conflito, tendo em mente os milhares, milhões que serão afectados por isto? Corrupção(tratado noutro blog) é uma coisa... mas isto... A guerra é um passatempo do diabo, se ele existe... Onde todos os homens que se metem nela perdem a alma... sinto eu... que só vi filmes e coisas do género... Os que morrem de alguma forma escapam-se a ter que viver assim o resto da vida... os que sobrevivem... como é possível voltar para um mundo assim? Como é possível sentir qualquer coisa depois de tal demonstração? não consigo exprimir-me...
... problema que reina imenso na minha vida, essa falta de propensão para a expressão... coisa que me prejudica a mim... de uma maneira incontrolável... como gostava de saber exprimir-me. Se conseguisse, os que agora me fazem tremer conseguiam sabe-lo sem tremerem também... Assim devo ficar calado e aguentar o meu tremor sem ruir...
...Sem ruir passaram os velhos monumentos romanos...Memórias estáticas de uma era, de uma cultura incrível. De realçar os monumentos romanos que estão lá faz mais de mil, mil e quinhentos anos, e os nossos... que permanecem durante uma década... duas talvez... A minha pergunta já não será tanto se não continuamos a ser grandes como éramos naquele tempo, se já não somos ambiciosos como antes éramos... Como sabíamos que podíamos mais que podemos agora... mas sim, se daqui a mil, mil e quinhentos anos, alguém contará a nossa história... Daqueles que viviam para o dinheiro... Daqueles que viviam em caixotes de betão... Daqueles que se destruíam tanto psicologicamente em retorno de um conforto material que , naturalmente, nunca chegava (de realçar nesta frase a destruição psicológica)... O que sobrará do nosso tempo para os estudiosos do futuro? Será que, como nós, passarão pelos impérios enormes e documentados... pela idade média...pela implantação da republica... e depois um golpe enorme? um vazio enorme, um buraco evolucionário... Poderá ser este um presságio do fim da nossa vida? "Se não têm mais história para me contar, não têm mais sentido de existir"... Porque não há vontade de grandeza? Porquê este afastamento da arte? Pudesse eu mudar alguma coisa... ah, mas posso... mas ainda não...
...ainda não é um plano recorrente na minha vida... ainda não, porquê? porque me falta unidade para comigo... E enquanto isto faltar... não consigo dedicar-me a mais do que ao melhor k consigo fazer pelo meu bem-estar... não sou egoista, pelo menos não me considero egoista, mas também que egoísta se considera egoísta? de qualquer forma... a meu ver, o que sinto, encontro-me num estado próximo de auto-destruição... às vezes sinto-me desvanecer... como se cada ponto de mim disparasse para uma direcção diferente...e tudo o k faço nessas alturas é lutar para permanecer... mais um segundo...
...mais um segundo na vida de uma criança...quando ainda só dizia na internet que tinha 16 anos... os meus doze anos... passei quatro anos a ter 16 anos no IRC... bons velhos tempos em que o IRC era rei. Agora temos conversas pessoas com cada um. pelo msn... pelo menos eu... antes haviam grandes discussoes online...agora há o som de gente a entrar e sair do canal (por favor entendam as figuras de estilo que uso... não há sons quando alguém entra ou sai do canal :S) mas i digress, ou como gosto de dizer, eu devaneio... Antes de chegar aos 16 anos era feliz... A partir dos 16 anos a minha vida deu um mergulho abismal. Acho que aprendi alguma coisa... não me lembro já do quê... sei que a partir daí... a minha vida tem andado em mínimos... Agarro-me ao que posso para me aguentar...
...Aguentar-me sem me rir quando vejo o presidente "cowboy" Bush a dar um discurso na televisão e a encravar a cada palavra... Não sei.. já não o culpo pelo que diz porque quero acreditar que há quem escreva os discursos por ele, mas sinceramente... se o tipo não aguenta uma frase sem entrar em ecrã azul.. Há algo de errado na américa.. há algo d errado em todo o lado também...
Há algo de errado em mim... há algo de errado em voces? acredito num poder enorme... não em deus... como já disse não quero ofender ninguém... acredito no homem... Acredito que o poder que faz o homem "bounce back" depois de ter passado por uma guerra... o poder de um homem querer erigir um monumento enorme... o meu poder , o vosso.. Esse monumento é o homem que o quis erigir. Juntamente com todos os que o ajudaram a erigi-lo...
Mas o que sei eu? força, se alguém sabe o que eu sei, se alguém sabe alguma coisa... eu quero saber alguma coisa...
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1 comment:
Tanta coisa que eu poderia dizer sobre os assuntos de que falaste...
Mas acho que me basta dizer que também eu ecredito no Homem e no seu poder. Acho que o que nos falta na maior parte das vezes é vontade para o usar. Estamos tão embriagados com a nossa rotina que nos esquecemos que se quisermos podemos mudar alguma coisa. Pode até ser um pensamento tipicamente adolescente, mas eu acredito que podemos mudar o mundo. É claro que os problemas não se resolvem só porque acreditamos. De boas intenções está o inferno cheio, já diz o ditado popular. É preciso agir. E isso sim é difícil... Mas havemos de conseguir.
A small step at a time
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