Yes, I'm a sellout.

Wednesday, December 13, 2006

The Middle of the Movie

(escrito depois do post estar acabado: Peço desculpa. Não consigo fazer introduções. aguentai-vos à bronca. Afinal de contas, os sapos andam aí à solta como se não houvesse amanhã e as bananas ficaram espalhadas pelo chão. Não se preocupem se não entenderem. Eu também não entendo. Se entenderem, eu também entendi.)

Tentei fazer um blog sem limitações. Tentei no início ser um ser humano simplesmente, evitando auto-denominações de sexo. Não sei se já revelei, mas sou agnóstico, ou ateu, depende do rigor das vossas definições. Não acredito que alguém controle isto tudo, mas acredito que há coisas que não vemos. A minha vontade é de um dia conseguir ver tudo o que posso. Entender tudo o que me for dado. Não condeno, nem julgo quaisquer formas de viver. Posso não concordar com actos, mas não me sinto na liberdade de os por em causa.

Sou um tipo pouco vivido num paradigma actual, e talvez também no meu próprio paradigma. E apesar de no tal paradigma actual ser pouco vivido, não ambiciono mais do que o que vivi até agora. No meu no entanto, ainda me falta muito, muitas barreiras a ultrapassar. Não sociais, não religiosas, apenas pessoais. Não que me veja limitado por alguma coisa, apenas porque cresci nesta sociedade e aprendi coisas, o que é normal. A questão é onde será que estas coisas que aprendi me mandam? Onde é que os meus olhos não vêm mais largos horizontes devido às palas que estes conhecimentos me puseram?

Este pensamento começou quando andava na escola. Aprendi Fisico-Química. Depois aprendi Física. Depois aprendi Física do 12º ano. Via os conceitos a serem alterados. Compreendia a razão para que tal sucedesse (a idade e a maturidade de uma pessoa conseguem impedi-la de receber um conceito sem o questionar, e questioná-lo causaria um atraso na sua compreensão) Assim, tomei essa constante instabilidade intelectual como base, e desde então encaro todo o conhecimento como uma fina camada de conhecimento, pronta a ser "soprada" quando outros horizontes se avistam.

Por isto, a minha tarefa é tanto regressiva como progressiva. Ao mesmo tempo procuro buracos no meu passado, e buracos no presente (já que não consigo ver no futuro, não é? ou será que consigo? fica no ar) para tentar encontrar esse horizonte que soprará o meu conhecimento actual da realidade.

A minha crença (e crença sem teor religioso, por favor, porque não me considero digno de me chamar algum nome) em algo mais que o físico (átomos, moléculas, forças, campos, radiações, ondas) é-me entregue em mãos por um pensamento perturbador. No parar da mente. Compreendo que o nosso corpo funcione como funciona. Não compreendo porque é que nós temos de estar conscientes da nossa vida. Se fossemos apenas nós os seres racionais (vá lá, os cães e gatos (e provavelmente todos os outros, mas não tenho muito contacto, peço desde já desculpa aos representantes de outros grupos animais) têm algo mais do que "acção - reacção") a que deveríamos tal acaso? Sinto a nossa consciência como um interruptor.

Imaginem, se conseguirem, duas metades de uma consciência completa. Imaginem-na como dois pedaços de "cérebro" que vão crescendo uma em direcção à outra. Observem agora o ponto médio das duas. Vejam o que acontece quando uma toca na outra. Como não estava nada lá antes. E como depois algo que nos permite alcançar coisas tão mais longe do que antes conseguíamos subitamente nasce dentro de nós. E como após anos e anos, uma vida ou várias, de crescimento, essa ponte tão imensa (um átomo entre os dois "cérebros") se desvanece numa onda única de fotões que o olho humano nem dá conta e destrói por completo todo este esforço. Não, não estou a perguntar-me qual é o significado da vida. Só me estou a perguntar onde é que aquela vida toda que provinha da consciência foi parar.

Já chega. Agora esperem pelo fim do filme.

By the way, "The Middle of the Movie" foi inspirado em "The Meaning of Life" by Monty Python

Cerrem o punho. com força. É pequeno, mas consegue muito. Avancem sempre com o punho cerrado. Somos todos pequenos, mas todos conseguimos muito. Não se refastelem na vossa grandeza, pois haverá sempre um punho menor que o vosso a fazer mais. Mas sim, sintam-se diferentes.

RESISTAM! NÃO TÊM DE SEGUIR TODO O MUNDO! NÃO TÊM DE SEGUIR NINGUÉM!

Os meus olhos entristecem-se pela visão de pessoas a encolherem os ombros quando confrontados por uma adversidade habitual e os meus ouvidos choram ao som das palavras "O que é que se há-de fazer?"

Procuro quem se ponha a meu lado. Não para me seguir, mas para liderar a meu lado, para o seu próprio lado.
Procuro um despertar massificado da nação. do mundo. Para que não olhemos para as pessoas à nossa volta como massas errantes sem vida, mas como enormes fontes de poder. E para que as pessoas manifestem a sua fonte de poder!

Procuro a individualização da sociedade. Não me entendam mal, não quero que nos tornemos eremitas. Sou todo a favor de comunicação! Não quero é que, apesar de termos inteligência para não permitirmos a opressão aos nossos corpos, permitamos que nos oprimam a mente!


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