Yes, I'm a sellout.

Saturday, December 30, 2006

O Natal nas tribos do sudoeste europeu

Vamos descrever este evento que ocorre em cada 365 dias, na altura em que faz mais frio (sem sentido , informo que estou a ouvir Dire Straits (porra é com gh ou não?) - Money for nothing) e que provoca uma alteração incrível no comportamento deste espécime:

T-10 dias: Alguns membros da espécie começam a sorrir enquanto passeiam pelas ruas. Inicia-se por cerca de 4% dos membros da tribo a troca de objectos metálicos e pedaços de um tecido ou material liso por outros objectos.

T-5 dias: Há um movimento global de sorrisos por entre cerca de 90% dos membros da tribo. O acto efectuado anteriormente por 4% dos membros é agora efectuado por 40%. Um aumento de 10x de movimento nas ruas. Parece que usam os objectos metálicos e os pedaços de tecido como moeda de troca. Cerca de 80% dos maus pensamentos e hostilidades deste planeta cessam. Os membros parecem tornar-se mais humanos.

T-2 dias: Há uma súbita alteração radical da tendência anterior. As pessoas agora movem-se rapidamente e sem qualquer atenção ou cuidado para com as pessoas que as rodeiam. O anterior sentimento de humanidade torna-se num clima hostil de stress, pressão e agressividade. A troca é agora efectuada a 96% da população em estudo. Lembro que isto é 21,5x o número inicial. Os espécimes começam a guardar mantimentos nas suas casas como se estivessem no limiar de uma guerra ou de uma limitação de alimento, apesar de nada ter acontecido.

T-1 dia: Os membros da população comem cerca de metade dos mantimentos antes obticdos.À semelhança dos ursos, os espécimes mais velhos da população "hibernam" após o "banquete". Os membros mais novos da população entram num estado de euforia gerado pelo que os membros adultos lhes dizem e os níveis altos de açúcar.Isto é, cerca de 30% dos membros novos da população correm desenfreados pela casa, enquanto os restantes 70% apenas agitam os braços, devido ao excesso de peso.

T-1 minuto: Os membros mais novos são levados para uma zona de forma religiosa e os membros adultos da população trazem oferendas ao que se assemelha a um pinheiro. Devem considerá-lo a imagem do seu deus. Este ritual deve ser uma homenagem a ele.

T: Os membors mais novos são libertados para a zona do "pinheiro" e toda a população rejubila de felicidade. Nesta altura não há um único mau pensamento na população. É um estado fenomenal de harmonia e utopia.
Em alguns locais há relatos dos membros mais novos saírem à rua e olharem o céu. Talvez tentem ver o seu deus.

T+2 minutos: Os membros adultos separam ou delegam alguém que separe as oferendas por entre os presentes.

T+4 minutos: A população inteira entra numa onda de destruição completa, ao rasgarem e arrancarem os ornamentos das suas oferendas. Soam as primeiras bombas e balas. Começa uma onda de ressentimentos de nível pessoal entre os membros que rasgam as oferendas. Parecem decepcionados com uma ou outra oferenda. O que será que o deus deles achou das oferendas, se nem eles gostam delas...

T+14 horas: A população consome os restantes mantimentos numa desesperada tentativa de deixar os seus invólucros vazios. Metade da população viaja da casa anterior para outra.

T+1 dia: O dia passado não passa de uma memória, ou em alguns casos, de uma razão para uma vingança no próximo ano. Toda a felicidade e harmonia presenciados nos dias passados ganham a forma de "ressaca" em que as pessoas expelem os seus sentimentos de felicidade através de um comportamento normal. Aquele movimento penular dos indivíduos de um local para outro, sem sentido e sem vontade, robotizado e automático, numa palavra, desumano.

Isto é que é vida! Naturalmente engordei de novo, sim porque tenho alguns problemas de peso (não muitos, acho eu, mas o suficiente para me preocupar).

E agora a passagem de ano? O que é que este povo vai fazer? comer fruta seca de empreitada e embriagar-se?

Melhor, sexo com desconhecidos, algumas ocorrências pontuais de sexo embriagado que dá azos a gritos no dia seguinte de manhã do género " Quem és tu!? O que é que faço na cama com uma pessoa tão feia/nojenta/coiso?"

Vá lá, a nossa sociedade vista de longe parece um pouco estúpida, não?

Esta é a minha, a vossa não sei como é, mas tomo a minha como exemplo e padrão. Peço desculpa se ofendo alguém.

Não tenho feito grande coisa para além de pensar no que fazer na passagem de ano. Estou a tentar reunir gente, mas parece que nesta altura é dificil. Vocês divirtam-se.

Frase do dia, private joke para mim mesmo, "Há oços no frigorífico"

Coijo

Friday, December 22, 2006

O Dia Humano

Obrigado pelo Natal. Apesar do excessivo consumismo, as pessoas ganham uma nova perspectiva, apesar de não se aperceberem. Tenho de aproveitar estes dias a fundo, para restaurar a minha fé.

E não é por ser o dia em que Jesus nasceu, ou por o pai natal vir. É por as crianças quererem que o pai natal venha. É o seu frenesim às voltas como um avião descontrolado que gera energia à nossa volta e em nós, muito à semelhança do movimento dos electrões à volta de outros electrões provoca o movimento dos mesmos, ou de forma mais alegre e exagerada como uma bola de bilhar (a branca, de preferencia), provoca o movimento de todas em que toca.

É verdade. São as únicas pessoas que consigo tratar. Consigo ficar a olhar para uma criança até meia hora, só a sorrir, ou a fazer caretas. Daqui a 10 minutos, essa criança não sabe nada do que aconteceu mas naquela altura era eu que a fazia feliz, só por sorrir. Funciona com crianças até 2 ou 3 anos... 2 acho eu... Depois é dificil, principalmente porque passados 10 segundos começam a correr. Mas sempre é engraçado. Talvez um dia estas crianças me vejam na rua e me achem familiar. E talvez subconscientemente se lembrem destes momentos, e sejam felizes só por me verem. Era um momento excelente.

Ora, feliz natal. Que portem a alegria destas crianças convosco. Que a vossa família vos faça feliz, vos surpreenda, como a minha me surpreende a mim nesta altura... E que depois do natal acabar, conservem esta alegria dentro de vós. Nunca se esqueçam de como é ser feliz. É o que eu tento fazer, mas eu penso muito.

Um Feliz Natal conformado.

Tuesday, December 19, 2006

Uma das piores ideias

Para variar trago más notícias. Bem, não são bem notícias, visto que é coisa velha...

Deixo aqui o link

http://www.youtube.com/watch?v=dAF3UCBomZM

Feliz Natal.

Não , este não vai ser o último post até ao natal, visto que o natal é uma ocasião que merece muito "praise" (escapa-se-me a palavra portuguesa), pelo sentimento. Pelas reacções, pela mudança do mundo por breves horas...

Deixo-vos este link para vos mostrar o "pequeno portal para o inferno" que criámos...

Passados estes anos todos, ainda não acredito que alguém conseguiu reunir a coragem ou idiotice (a meu ver) para entregar tal destino a um povo... Não consigo... Era perfeitamente capaz de dizer que era preferível a guerra ter continuado na frente pacífica (do pacífico, USA - Japão) do que provocar tal rombo. Não consigo acreditar.. as imagens ficaram gravadas na minha mente... A sorte que tenho que apenas conheça estas imagens nesta forma é uma sorte que espero que dure... O anel de fogo a subir aos céus, qual terra a fumar um cigarro...

Enfim... só queria manifestar o meu desagrado... Que mundo tão efémero... Que existência precária...

Feliz Natal...

Sunday, December 17, 2006

.

Quero pedir desculpa a alguém por ser fraco... A qualquer um...
Por tão facilmente desistir... Sem importar do quê...

(Beethoven - Moonlight Sonata, Mozart - Requiem)

Quero pedir desculpa por atraiçoar o meu ser ideal por impulsos do corpo...
Quero pedir desculpa por nunca ser eu, por não conseguir dizer o que sinto ou o que penso por medo que as minhas palavras firam a imagem que tens de mim...
Quero pedir desculpa por ter falado sequer... Por te ter contado que tenho um segredo mas não te contar que segredo é.
Quero pedir desculpa pela camada dura exterior que impede passagem ao rio interior.
Quero pedir desculpa por ter um rio interior... Porque não consigo deixar de pensar em existência. E porque consigo.
Quero pedir desculpa por pensar... principalmente a mim, porque gostava de deixar-me ser feliz como sou.
Quero pedir desculpa por querer ser feliz. Porque apesar de não ter a força para mudar o que gostava de mudar, não me posso deixar parar de tentar.
Quero pedir desculpa a alguém por ser fraco... a qualquer um...

Coloca a mão no meu peito, ó estranho que passas na rua. Só por uns minutos, enquanto visualizo toda a minha dor a ser sugada pela tua mão, para o ar...Deixa-me olhar-me ao espelho e sorrir, porque sou um homem. Porque sou um homem... Como posso considerar-me um homem quando o meu pai quando era criança já era mais homem que eu? Nego-me a tomar o próximo como exemplo. É fácil demais. Tenho de provar-me a mim mesmo, e não à sociedade.

"We are the children of middle history. No great war, no great depression. Our great war is a spiritual war. Our great depression is our lives." - Fight Club

Quero sentir a chuva na minha roupa... quero ficar molhado, frio e pesado. Quero que a chuva se entranhe na minha pele, e não me passe ao lado. Quero ser forte o suficiente para aguentar toda a chuva até o sol me sorrir de volta.

Quero pedir desculpa a alguém por ser fraco... a qualquer um...

Para ti, um beijo ;) não me venhas pedir esclarecimentos. É mesmo para ti.

Thursday, December 14, 2006

Como Prometido 25 (Untitled)

Porque tinha muito medo para estar a pensar num nome para o que estava a sentir.

Encontrei-me muitas vezes assim.

Acaba assim a série de desenhos, até eu ter mais desenhados ou scanados.

Wednesday, December 13, 2006

The Middle of the Movie

(escrito depois do post estar acabado: Peço desculpa. Não consigo fazer introduções. aguentai-vos à bronca. Afinal de contas, os sapos andam aí à solta como se não houvesse amanhã e as bananas ficaram espalhadas pelo chão. Não se preocupem se não entenderem. Eu também não entendo. Se entenderem, eu também entendi.)

Tentei fazer um blog sem limitações. Tentei no início ser um ser humano simplesmente, evitando auto-denominações de sexo. Não sei se já revelei, mas sou agnóstico, ou ateu, depende do rigor das vossas definições. Não acredito que alguém controle isto tudo, mas acredito que há coisas que não vemos. A minha vontade é de um dia conseguir ver tudo o que posso. Entender tudo o que me for dado. Não condeno, nem julgo quaisquer formas de viver. Posso não concordar com actos, mas não me sinto na liberdade de os por em causa.

Sou um tipo pouco vivido num paradigma actual, e talvez também no meu próprio paradigma. E apesar de no tal paradigma actual ser pouco vivido, não ambiciono mais do que o que vivi até agora. No meu no entanto, ainda me falta muito, muitas barreiras a ultrapassar. Não sociais, não religiosas, apenas pessoais. Não que me veja limitado por alguma coisa, apenas porque cresci nesta sociedade e aprendi coisas, o que é normal. A questão é onde será que estas coisas que aprendi me mandam? Onde é que os meus olhos não vêm mais largos horizontes devido às palas que estes conhecimentos me puseram?

Este pensamento começou quando andava na escola. Aprendi Fisico-Química. Depois aprendi Física. Depois aprendi Física do 12º ano. Via os conceitos a serem alterados. Compreendia a razão para que tal sucedesse (a idade e a maturidade de uma pessoa conseguem impedi-la de receber um conceito sem o questionar, e questioná-lo causaria um atraso na sua compreensão) Assim, tomei essa constante instabilidade intelectual como base, e desde então encaro todo o conhecimento como uma fina camada de conhecimento, pronta a ser "soprada" quando outros horizontes se avistam.

Por isto, a minha tarefa é tanto regressiva como progressiva. Ao mesmo tempo procuro buracos no meu passado, e buracos no presente (já que não consigo ver no futuro, não é? ou será que consigo? fica no ar) para tentar encontrar esse horizonte que soprará o meu conhecimento actual da realidade.

A minha crença (e crença sem teor religioso, por favor, porque não me considero digno de me chamar algum nome) em algo mais que o físico (átomos, moléculas, forças, campos, radiações, ondas) é-me entregue em mãos por um pensamento perturbador. No parar da mente. Compreendo que o nosso corpo funcione como funciona. Não compreendo porque é que nós temos de estar conscientes da nossa vida. Se fossemos apenas nós os seres racionais (vá lá, os cães e gatos (e provavelmente todos os outros, mas não tenho muito contacto, peço desde já desculpa aos representantes de outros grupos animais) têm algo mais do que "acção - reacção") a que deveríamos tal acaso? Sinto a nossa consciência como um interruptor.

Imaginem, se conseguirem, duas metades de uma consciência completa. Imaginem-na como dois pedaços de "cérebro" que vão crescendo uma em direcção à outra. Observem agora o ponto médio das duas. Vejam o que acontece quando uma toca na outra. Como não estava nada lá antes. E como depois algo que nos permite alcançar coisas tão mais longe do que antes conseguíamos subitamente nasce dentro de nós. E como após anos e anos, uma vida ou várias, de crescimento, essa ponte tão imensa (um átomo entre os dois "cérebros") se desvanece numa onda única de fotões que o olho humano nem dá conta e destrói por completo todo este esforço. Não, não estou a perguntar-me qual é o significado da vida. Só me estou a perguntar onde é que aquela vida toda que provinha da consciência foi parar.

Já chega. Agora esperem pelo fim do filme.

By the way, "The Middle of the Movie" foi inspirado em "The Meaning of Life" by Monty Python

Cerrem o punho. com força. É pequeno, mas consegue muito. Avancem sempre com o punho cerrado. Somos todos pequenos, mas todos conseguimos muito. Não se refastelem na vossa grandeza, pois haverá sempre um punho menor que o vosso a fazer mais. Mas sim, sintam-se diferentes.

RESISTAM! NÃO TÊM DE SEGUIR TODO O MUNDO! NÃO TÊM DE SEGUIR NINGUÉM!

Os meus olhos entristecem-se pela visão de pessoas a encolherem os ombros quando confrontados por uma adversidade habitual e os meus ouvidos choram ao som das palavras "O que é que se há-de fazer?"

Procuro quem se ponha a meu lado. Não para me seguir, mas para liderar a meu lado, para o seu próprio lado.
Procuro um despertar massificado da nação. do mundo. Para que não olhemos para as pessoas à nossa volta como massas errantes sem vida, mas como enormes fontes de poder. E para que as pessoas manifestem a sua fonte de poder!

Procuro a individualização da sociedade. Não me entendam mal, não quero que nos tornemos eremitas. Sou todo a favor de comunicação! Não quero é que, apesar de termos inteligência para não permitirmos a opressão aos nossos corpos, permitamos que nos oprimam a mente!


Como Prometido 24 (Unfairness)

Como podem ver estamos a chegar ao fim dos desenhos, porque já chegámos ao U. Este desenho é muito importante para mim, como quase todos...

Fiquem ai com ele, amanha volta o ultimo desta série. Adeusinho.

Ah, ontem tive uma frequência. É sempre engraçado ir a uma frequência daquelas. É como apanhar com uma fatia de fiambre na cara. Mas fiambre do bom!

Tuesday, December 12, 2006

Uma resposta , porque merece.

Este post é inteiramente dedicado a contra-argumentar o comentário extenso verificado por "anônimo" (o ô diverte-me sempre) num post meu.

Vede aqui o comentário original : https://beta.blogger.com/comment.g?blogID=35402242&postID=1488980102726229204


"
Visto que escrevo, é verdade que peço para que me vejam aqui.

Às vezes parece que falas como se me conhecesses mesmo, quando dizes "Um dia podemos falar mais sobre isto". Anónima, não sei quem és.

Obrigado pelos elogios, mas este blog tem mesmo o intuito de ser vida. Alguns problemas, algumas frivolidades, algum interesse, alguma graça.

Para além disso, este blog é também um modo de manter as minhas ideias juntas (quando era mais novo fui habituado a escrever "ideas", gosto mais do que de "ideias") porque a minha memória não é muito boa. Não me gosto de deixar habituar às coisas, e por isso gosto de por em causa as razões. Quando era novo perguntava à minha professora porque é que as bruxas nos contos eram assim, e porque é que os rapazes ataram o leão com um cabelo, se assim ele ficava mal preso, e porque eles caíam nas armadilhas e se comportavam de forma tão ridícula. Notas baixas seguiam-se.

E é precisamente por essas coisas todas que luto. Não gosto do ambiente de conformismo em que vivemos. Há muito mais por fazer que não requer muito trabalho, apenas um dia ou dois de pensamento e brainstorming para melhorar a situação geral.

E agora, neste ponto da minha vida, estou a ganhar uma força nova. Estou a re-erguer-me. Estou a pedir perdão a todas as pessoas de que me afastei neste processo de luto(a) pessoal. Estou a tentar aproximar-me do mundo de novo.

Talvez não tenha perdido muito na minha vida, mas talvez tenha. Sei que perdi muito no meu próprio mundo. E sei como só eu posso saber o valor que tudo tem. Como cada pessoa tem um valor para as coisas.

A minha mãe nunca me quis mal. É sempre assim. São pequenas falhas na psique. Algumas pessoas fazem pior e pensam que fazem bem. A maioria faz pouco mal e pensa que está a ajudar. Nunca quis a minha mãe longe de mim, e nunca lhe quis mal.

Sendo eu um homem, tenho uma ligação mais forte, como tu tens com o teu pai. É natural, suponho.

Mas o meu pai é-me um mistério. Tanto parece conseguir ver-me através do meu silêncio como de repente destrói esta imagem que tenho dele. Normalmente manifesta-se à minha mãe e ela transmite a mensagem dos dois a mim, ou então, a mensagem do meu pai, já um pouco colerizada por ter que carregar os problemas de duas pessoas. Percebo, mas preciso que entendas que apesar disso continuo a sofrer dessas palavras.

O meu irmão foi-me muito útil quando precisei de elevar o meu esforço para igualar ou superar o dele de forma a não cair no buraco onde estive os ultimos tempos. Ele saiu da universidade após 2 anos de tentar fazer o "suposto". Depois veio ajudar os meus pais no trabalho, já que não estudava. Ajudou-os muito. Mas eu tinha de igualar ou superar o que ele fizera. Como ele não tinha feito muito do primeiro ano de curso, eu consegui fazer o primeiro ano quase todo, e esse quase, aparentemente, foi o suficiente para encontrar uma falha. Na universidade, era um dos 4 que passaram a 9 cadeiras, mas em casa, não era dos 2 que passaram a todas as 10. Na minha diminuinte auto-estima pelo menos não era das 31 que não passara a 9 e não era das 10-15 que não passara sequer a 4.

Sou pós-adolescente, nos meus "anos áureos", na universidade em tempo certo, não faço muito da minha vida para além de estudar. A guitarra e o desenho são ocupações.

A minha cara-metade foi e é um apoio enorme nesta luta. Sem ela provavelmente... Ela não gosta que eu fale nisto, mas provavelmente já não estivesse cá, talvez não fisicamente pela minha cobardia, mas talvez morto por dentro, devido à minha exposição emocional. Ela é também a minha melhor amiga. A única pessoa que sabe melhor o que passei estes tempos, e isso dá-me pena, pela sua preocupação comigo e o que sofreu por me ver assim... Às vezes até penso que seria melhor ela não me ter conhecido... para bem dela... mas ela não me deixa pensar isso... amo-a muito

Eu tenho amigos. Sempre soube isso. O que me pergunto é se os meus amigos me têm a mim. E aos meus amigos que vejam isto, peço desculpa.
"

Nesta altura estou a melhorar. Estou muito satisfeito com o meu progresso. Penso que valeu a pena, mas que podia ter sido evitado. Mas isso agora já não interessa nada, porque já está feito.

Obrigado pela tua atenção à minha vida, está à vontade. Mi casa es tu casa!

Monday, December 11, 2006

Como Prometido 23 (Traição)

Tenho este pintado, mas ainda não o consegui scannar. Foi a minha primeira tentativa a desenhar o corpo feminino, pois para o corpo masculino podia usar-me como modelo, vivam os espelhos. Este, foi muita procura de imagens e uso de alguém para verificar como as coisas funcionam no outro sexo ;) Se conseguirem descobrir o porquê do nome, dou um chupa-chupa. Não dou dois porque no outro dia comi dois de seguida e fiquei enjoado... E claro, não quero isso para os meus queridos leitores.

Como Prometido 22 (ta22)

Até podia chamar a este desenho Acção e Reacção. Podia chamar-lhe tudo, porque não quer dizer nada.

By the way, peço desculpa não ter colocado um poste ontem, e anteontem, acho eu, já fiquei todo confuso.. Fui ao baptizado do filho da minha prima. Muito bonito.

Saturday, December 09, 2006

Como Prometido 21 (soul)

"I cry
to the alleyways
confess all
to the rain
but I lie
lie straight to the mirror
the one I've broken
to match my face..."

You dont need to love yourself, but you should always know who you are. Once you do, hold on to it. Dont ever let go. Through all the fire. If you get to the other side, you'll find love for yourself. After all, you fought for yourself so hard, you deserve a little love.

Thursday, December 07, 2006

Como Prometido 20 (Shell)

São dois desenhos, um num lado da folha e outro noutro lado. Tive sorte que o de trás apareceu. Porque fi-lo com esse intuito. mas é mais facil de ver ao vivo no meu caderninho a5. se quiserem um dia passar por aqui, tou no manicómio José Freitas de Gondomar. Passem por la e digam que veem da parte do rei D. Joao Henriques. Já sou conhecido :P. Bem, deixo-me de estupidezes e deixo-vos com esta belíssima obra. Lol...não não, só axei piada a dizer belíssima obra. Lol outra vez.

Wednesday, December 06, 2006

Como Prometido 19 (Pre-Eotl)

Fujamos do que fizemos, tentemos espalhar esta habilidade fenomenal por outros sítios... Talvez um dia fiquemos encostados à parede e vejamos o que fizemos... E nessa altura, esperemos que não nos passe pela cabeça tudo o que destruímos para além de nós... Pois isso seria decerto um pensamento devastador

Tuesday, December 05, 2006

Como Prometido 18 (Pessoas)

E assim vai mais um. Não temos razões para lutar, mas lutamos...

Monday, December 04, 2006

Como Prometido 17 (Heavy Skies)

Atlas, o homem que segurava o céu. O nome também de uma música minha. Vou deixar de comentar os desenhos para não me dar ao trabalho. Isso não quer dizer que não gostava que voces o fizessem. De facto é por isso que escrevo. Como li um dia, "Não escrevas nada que não queres que alguém leia." Portanto, se escrevo, ...

Sunday, December 03, 2006

Eu até queria, mas (crónicas pessoas, diário)

O blogger tá meio marado. Acontece sempre com estes "updates". Há sempre uma altura que não fica nada bem para quem sobra.

Devo dizer que não estava à espera que o benfica ganhasse ao sporting. Bom jogo para ambos. Finalmente vi bom futebol sem ser a selecção.

Tive também sem net durante dois dias. Outro "update" , desta feita pela netcabo. Porreiraço.

As dúvidas nesta casa passam agora por se metemos uma árvore natural ou artificial. Este ano fomos com a artificial, mas tem sido sempre natural. As escolhas passam também pela cor que se põe na árvore. Eu sou apologista do look psicadélico de faixas e bolas e enfeites multicoloridos, mas esta gente só quer uma cor... Enfim, ponho as luzes. Não me peçam coisas que vão ter que fazer de novo. É um desperdício de tempo. não acham? se passassem um pouco do tempo que passam a xatear-me a pensar no que estão a dizer, se calhar ficávamos todos melhor.

Primeiro ouvi notícias de que a minha cidade este ano não ia fazer enfeites nas ruas porque não havia dinheiro. Não só fiquei espantado, como aplaudi. Primeiro, toda a gente se farta eventualmente dos enfeites, segundo, lá ao fundo não consigo ver os outros carros por causa das luzes todas, e olhem que eu venho depressa! Terceiro, estavam a cortar em alguma coisa supérflua! inédito para o governo!

Mas! quem gosta de mas?

Afinal sempre puseram. Eu estava habituado às decorações aparecerem ai pelo meio de novembro, mas desta vez decidiram esperar mais um pouco. Agora cá estão elas. Não, eu até gosto das decorações. Mas há mais pontos contra do que a favor.

Sr. Marques Mendes por favor, pense no país, no governo, e mais que tudo, na sua imagem, antes de começar a disparar disparates a torto e a direito só porque é a "oposição". Isso não lhe dá razão e tira-lhe prestígio (prestígio). Era de esperar que você, sendo um político, estivesse a par da decepção que os políticos exercem sobre o povo aquando da época de eleições. Então o Sr. Sócrates faltou a algumas ou todas as promessas... Mas o povo até gosta do homem! Largue a chupeta e pegue na caneta. passe-me um cheque da sua conta, ou talvez para o país.

Entrei em dieta de novo. É sempre impressionante o ritmo a que os quilos passam por mim.. Penso estar a compreender o meu metabolismo. Já sei quando perco peso. E não, a dor nas costelas não tem a ver com o peso. Tem a ver com as costas da cadeira do computador estarem partidas. Não me posso recostar porque caio, não me posso chegar à frente porque fico marreco, mas sentar-me direito sem apoio não vai com nada!

Não é que não esteja habituado às costas da cadeira estarem partidas. É daquelas cadeiras mesmo de computador. As costas não caem, mas deslizam muito para trás e então eu fico todo deitado... nada bom para ficar acordado. Normalmente uso um fio laranja que tenho aqui. É o meu fio-faz-tudo. Sou uma pessoa que pensa agora: "Aquilo com um fio ali ia lá".

Outra noticia semi-trágica, o fim da Sic Comédia! Se alguém quiser, tá aqui um abaixo-assinato para "tentar" salvar a Sic Comédia, que se vai extinguir no fim do ano.
http://www.petitiononline.com/scomedia/petition.html
ide aí e dizei de vossa coisa (caraças falham-se-me as palavras)
Não é que o canal esteja em bom estado agora (com esse "prazer dos diabos", "biqueirada", e depois com "Smith and Jones", "benny hill", "bernie mac show") mas sempre tínhamos o seinfeld e o "EVERYBODY LOVES RAYMOND". Quem não tem uma relação amor/ódio com aquela mulher? ah pois! Se não conhecem, recomendo.

Vou em breve entrar em aulas de guitarra(Já toco guitarra há 3 anos, mas querem dar-me que fazer), e arranjar um part-time visto que só estou a fazer duas cadeiras este semestre. Podia estar a fazer mais, mas tenho razões para não as fazer. Umas vão desaparecer para o ano, sendo trabalho desperdiçado, outras passo-as a dormir, mais vale não ir, tento estudar em casa. E pronto, outras sou mesmo preguiçoso , que já não é novidade. Era para entrar em aulas de pintura, mas a mulher assustou-me. parecia que não me curtia, ou que eu não devia ter aulas de pintura. Assim olha, talvez me junte a um grupo para jogar volei. Assim fico com 4 ocupações. Talvez seja mesmo como dizem, paro de pensar...

Isso é o que eles querem... fica tudo muito fácil quando se pára de pensar... Não párem de pensar, controlem os pensamentos para serem produtivos e não destrutivos.

Entretanto há ano, ano e meio que tenho arranjado livros para ler, estou agora a ler 4 livros ao mesmo tempo: Modern Operating Systems, ya, coijo. é para a cadeira a que não vou às aulas; Crítica da Razão Pura, porque gostava de saber mais do que sei; O Prazer da Descoberta, porque sempre gostei de Richard Feynmann (cientista/físico);O Código da Publicidade , porque estava a 1€50 e acho que um livro nunca é mau. Até é interessante, conta e demonstra a história e o impacto da publicidade.
Finalmente devo comprar mais um livro, mas este apenas para suporte às aulas de Bases de Dados, A First Course in Database Systems.

De resto, ando a ouvir muito o American Idiot dos Greenday, mas de vez em quando lá meto o Smash dos Offspring, ou na melhor escolha, Metallica.

Recomendo que vejam o video da música dos Greenday com os U2 "The Saints Are Coming", o videoclip mesmo, e não a performance ao vivo.

E quanto ao envenenamento do pobre do homem, dos homens, cheira-me que há mais por detrás desta história do que os russos. Mas como eu tenho um nariz grande...

Olhem, fiquem lá com isto, e respondam.

Eu? tenho melhorado, daí poder falar de coisas para além de mim. Mas obrigado por perguntarem.

Thursday, November 30, 2006

Como Prometido 16 (Half)


Um dos melhores desenhos meus, pela sua dualidade. Só o descobri quando olhei para ele aquando daquele post sobre "como estava à espera que as coisas melhorassem a partir daqui". Até lá tinha sido a imagem de uma pessoa atacada vezes sem conta (os cortes, as luzes externas), o poder curativo da armadura (as luzes verdes e azuis internas) e a espada imaculada de nunca ter sido usada.

Depois disso passou a ser o pousar da armadura. O final da guerra sofrida. Adoro este desenho. Espero que gostem.

Monday, November 27, 2006

Como Prometido 15 (Grasp)

Não me posso deixar ir... não posso... isto é o que eu sou. para o bem ou para o mal, sou eu. Porque me querem arrancar de mim? Deixem-me ser. Abandonem-me se quiserem, mas não me levem de mim...

Enfim, a palavra que muita dor me traz, por tudo o que não digo estar nesta palavra... Enfim...

Como Prometido 14 (Flyer)

Um sentimento especial. Not for sale.

Sunday, November 26, 2006

Como Prometido 13 (Eotl 6)

Este foi o ultimo que fiz. E o que gosto mais... Da série Eotl pelo menos.

Friday, November 24, 2006

Como prometido 12 (Eotl)

Nada a dizer. Bola pà frente.

Como Prometido 11 (Eotl 5)




Cá está mais um. Gosto de ter liberdade de criar os meus efeitos. Gosto de pensar que há reacções assim no universo. E gostava de ver as outras que existem, as que estão longe demais para serem vistas... Aposto que são bonitas.

Wednesday, November 22, 2006

Como Prometido 10 (Eotl 3)


O segundo End of the Line. Como disse, os numeros não são para ser ligados. Não tenho propriamente desejo de ver isto a acontecer. Mas aposto que dava um bom espectaculo.

Monday, November 20, 2006

Comunications Breakdown

Ignorante, obstinad_... Como podes pensar que aquilo de que me privaste me vai afectar? Como podes pensar que a minha vida é tão vã como tu pensas que é? E pior, porque aspiras a conseguir que a minha vida se torne numa reflexão vazia da tua? Porque sou eu o foco de toda a tua fúria? Será que não entendes que a tua raiva é resultante da tua frustração contigo mesm_? Com todos os pontinhos pretos na tua parede branca? E porque não vês o branco nessa parede e em vez disso vês apenas os pontinhos pretos?

Não sei se consigo sentir o que devia por ti. Sofro, não pelo que me fizeste, mas pelo que não soubeste de mim... pelo que pensavas que me ia afectar. Sei que nunca me verás, por mais que te mostre...por mais que me mostre...

Diverte-te na tua criação de mim... na tua ilusão de mim... na tua realidade de mim... e compreende que não me tens a mim... Tens quem criaste. que nunca me terás a mim...

Sim... também fico triste por isso...

Como Prometido 9 (Eotl2)

O fim da linha. End Of The Line. Não se espantem de ter o 2, fiz uns quantos deste estilo. Vão aparecer mais. E alguns números não existem. Se calhar punha-os todos juntos... Mas não dá porque o blog fica todo esquisito...
Assim, aqui fica, a destruição de um planeta... Um olhar ao futuro da nossa existência... Das duas uma, ou vamos ser eliminados desta forma por seres extraterrestres que não vêm com bons olhos o rumo da nossa civilização (e com razão), ou em caso de ninguém nos impedir, nós a limparmos planetas para fazer espaço para uma Auto-Estrada Espacial... assim como hoje acontece com casas... Mais um bilião, menos um bilião, que importa?

Sunday, November 19, 2006

Como Prometido 8 (Endure 0)


Aguentar sozinho e sem apoio os teus ataques, o fogo que me lanças.

Este foi o último desenho que fiz, mas não o último que vou por aqui. Tou a por por ordem alfabética.

Lembra-te de mim como gostas de me ver quando não me puderes ver à frente. Desculpa por tudo. Apesar de parecer pouco, não sabes como sofro. Obrigado pela tua compreensão e persistência. Obrigado por seres mais forte que eu.

Friday, November 17, 2006

Como Prometido 7 (Endure)


A libertação através da luta, e consequentemente, da dor.

Como Prometido 6 (Contrastes)


Como um alcança uma mão e outro alcança uma estrela...

Sou todo a favor do progresso, e entendo que a exploração espacial eventualmente nos traga benefícios a nível pessoal, tal como o desenvolvimento de tecnologia informática. Mas o que eu penso é que há coisas mais urgentes, como a fome. Porque não constroem um sistema informático/robótico que controle a plantação/colheita de um campo? Estamos numa altura em que isto devia ser básico. Podíamos não pagar ou pagar pouco pela fruta e legumes, e talvez até pela carne... Só falta vontade... É a minha ideia. Quem souber alguma desvantagem no meu plano por favor informe-me. Estas ideias deixam-me frustrado, e ao menos se for provado errado posso descansar.

Até amanhã.

Thursday, November 16, 2006

Coração Negro / Exílio

Sai de dentro de mim. Como pudeste fazer tal coisa a mim.. .como me pudeste transformar desta maneira? Como me pudeste roubar de toda a alegria da minha vida, como me pudeste afastar de toda a gente, como me pudeste torcer por dentro ao ponto de desejar não sentir mais nada? ao ponto de querer acabar contigo, mesmo com o custo da minha própria vida? Quem me deixaste ser? quem sou agora?

E a vós, meus amigos... que através do fogo que libertei este tempo todo permanecem a meu lado... as minhas desculpas por todo o sofrimento que vos causei, o meu agradecimento pela lealdade e nobreza mostrada pela vossa resistência. Quero agora que se afastem. Não consigo viver com o peso do que vos causei. Liberto-vos deste fardo. Não se preocupem mais comigo. Afastem-se para bem longe... E se nos encontrarmos de novo, veremos o que acontece.

Espero conseguir sobreviver até amanhã.

PS: Lá porque vos afasto não significa que não vos ame a todos. Significa que não consigo ve-los a sofrer mais. É tanto um sofrimento para vocês como é para mim... E se se pode evitar um dos sofrimentos... Até mais ver.

Wednesday, November 15, 2006

Como Prometido 5 (breakthrough)


Somos mais do que nos deixaram ser. Não se restrinjam ao que sabem. Arrisquem-se a errar. Há mais. Há sempre mais.

PS: Eu sei. Mas é verdade que vi e ainda vejo muito DragonBall. Mas têm que admitir que pelo menos as caras parecem mais reais.

Tuesday, November 14, 2006

Como Prometido 4 (Blk2)

Put your hand in mine...
I wish i could show you my love. Maybe not in words. Maybe not in pictures. I wish I could show you my love like i feel it. I'd like you to feel what I feel. And more, I wish i could feel what you feel for me. I wish i could draw a line in the sand and have you look at it in happiness, for a line in the sand would show you how much I love you.

Cheers, to the unmeasurable feelings. Let them be unmeasurable even to ourselves.

Monday, November 13, 2006

Como Prometido 3 (Argh)

Na sequência do seguinte

Argh, no sentido de onomatopeia de raiva, dor, frustração. A ténue linha entre o físico e o psicológico. A feliz capacidade que me resta de poder erguer o punho quando já me partiram todos os ossos do corpo... Esse gesto, alimento à minha persistência... Não cedam. Nunca cedam. Aprendam dos vossos erros, e nunca cedam. Abram os olhos. Não se esqueçam de quem fomos, não deixem de pensar no que seremos. Façam para que não imitemos os erros de anteriores, e para que não precisemos de ser emendados pelos vindouros.

Quando a paz não resultar, tentem amor. Quando o amor falhar, tentem compaixão. Quando a compaixão falhar, tentem a calma. Quando a calma falhar, tentem a paz.

Sejam felizes.

Que eu tenha no meu futuro a capacidade para não magoar os meus como me magoaram a mim, ou pelo menos o consiga ver...E solucioná-lo...

Sunday, November 12, 2006

Pedaços de Mundo

A arte dos italianos, a engenharia alemã, a organização inglesa, a inovação nórdica, a rebeldia dos árabes, a espiritualidade dos asiáticos, a calma e ligação ao mundo dos indianos/tibetanos, a alegria dos brasileiros, a resiliência dos esquimós, a resistência dos que vagueiam nos desertos, a confiança e orgulho dos americanos, o desenrasque dos portugueses.

Consigo isto tudo em mim, e serei eu. Finalmente. E com juízo serei livre.

Porquê estes problemas? Porque não conseguimos chegar à conclusão de que o que vem a seguir só nos vai magoar aos dois, e parar antes que tal aconteça? Porque não podemos sacrificar um pouco de nós sem sacrificar mais dos outros? E se fossem os teus filhos? os teus pais? os teus? Conseguias mandá-los para esse destino?

Tenho ainda alguma fé na minha geração, porque ainda não a conheço muito bem. Nao na minha geração portuguesa, mas na minha geração mundial. Conseguiremos nós o que os que nos precederam não conseguiram? Não podemos assinar um pacto de entreajuda mundial? ou vá lá, quanto mais não seja, um pacto de não-agressão?

E se eu te pudesse fazer estas perguntas? a ti, e a todos como tu?


A minha falta de fé numa religião qualquer torna a minha luta menos fácil. Não há uma compensação no fim desta luta excepto a ideia de que consegui ultrapassá-la.

Espero não ter fraqueza. Às vezes sinto-me fraco pela razão que me sinto tão mal...




E por favor já chega destes anúncios desta gajas da netcabo... que raiva... às vezes perco a fé na publicidade... Cada vez mais...

Como prometido 2 (Alone)

Na sequência do anterior...





Não tenho nada a dizer. Vamos a seguir.

Como prometido 1 (Aliano)

Devo desde já avisar que estes desenhos foram scanados para o paint, porque ainda não tenho programas de jeito aqui. Assim, quando os tiver, estes passarão a ficar mais bem arranjados. Além disso, sem me gabar, os defeitos (obliquicidade nas linhas supostamente horizontais) não são devido à minha inépcia, mas à minha falta de paciência com o chamado scanner.

Assim, deixo todos os desenhos aqui para efeitos organizacionais e de memória, bem como uma breve descrição do que eles significam para mim. Para vós podem significar outra coisa, espero que a partilhem comigo.

E uma de cada vez, porque eu sou nabo.




Este desenho é simplesmente o primeiro da lista, porque começa por A é o Aliano. É o que é, um talvez guerreiro alien prestes a saltar de um precipício com as suas asas, quiçá para nos aniquilar a todos... Ah, happy thoughts xD

Esta foi a primeira, ainda bem que não me dá muito trabalho a explicar, para poder ir pà cama já. Até amanhã.

Ah, um por dia, se eu tiver paciência e se não tiver nada para vos dizer para além de um desenho.

Thursday, November 02, 2006

Puxando para dois lados

Enquanto estou sentado, atacas-me com uma força fraca em si, mas devastadora em mim... parece que estou fraco... No entanto aguento aqui sentado... Estou calejado... mas frágil... Estou em raiva mas não me movo... Se me visses agora vias tudo... o fogo enorme que emana de mim... a pedra morta a que chamas ________, a poeira espalhada que nunca viste... a poeira o resto de mim... que tenho de esperar que o tempo acalme para esta assentar... e eu poder tentar reconstruir-me... de novo...Como podes continuar a perfurar-me sabendo isto? como podes continuar a perfurar-me mesmo não o sabendo? Será que isso é amor? será que isso é uma lição? um conselho? Pensas que de qualquer forma rebuscada irei beneficiar de tal brutalidade?

Parte de mim treme... enerva-se.. um silêncio... qualquer coisa.. a qualquer custo... Tenho de me libertar... Tenho de sair daqui... Para qualquer outro lado...
Outra pára... pára-me... impede-me de me mover... Impede-me de falar... Não posso... As coisas só vão piorar se agir neste estado...

E cada uma puxa para o seu lado... enquanto me vês a olhar estático, árido, curvado numa postura que reprimes, não sabendo que é esta postura que me permite levar toda a tua agressão redireccionada para mim depois de outro dia... Dividido perco-me.. Ambos eus abraçam-se... temos que nos unir... temos que passar por mais esta prova... Não podemos deixar-nos levar por isto... Não nos podemos conformar a uma vida assim... Não nos podemos conformar a nada que não sejamos nós... Aguenta-te... e aguenta-me... não, não vejo esperança nenhuma... não vejo luz nenhuma... mas temos que continuar... Não, nem sequer acredito que consigamos passar por isto por muito mais tempo, mas temos que continuar... Agarra-te bem... talvez depois desta se possa vislumbrar um caminho... talvez não... e mesmo que não... agarra-te bem... agarra-te bem...

E tudo o que vês é o meu olhar estéril e vago... um semblante pesado e rígido... uma postura curva de alguém sem carácter... uma atitude arrogante... um __________ desnaturado... como posso tratar-te assim?

E como podes tu tratar-me assim? e como podes tu fazer tal julgamento? sobre alguém que não conheces? sobre alguém que não fala, não olha, não toca... Quem sou eu para ti, ó mestre do mundo, ó dona da razão, ó poderoso castigador... E largas-me depois de me agarrares pelo colarinho... largas-me no chão... para que mais tarde possas continuar...


Só peço o que dou... Faço aos outros o que quero que façam a mim... Deixa-me em paz... Posso não fazer nada por ti... mas nunca te fiz mal...eu amo-te...

"Smite me just a bit harder, so that your punishment may be final..."

Wednesday, November 01, 2006

Quebra Na Inércia

Porque é que quando vamos à missa, as únicas palavras que dizemos com vontade são "Graças a Deus" quando o padre diz "Ide em paz e o senhor vos acompanhe?" A sério... é por isso que não vou à missa...

Talvez amanhã...tenha um post racional.. hoje já não conseguia mais nada... Estou, corpo e mente, consumido... Até amanhã, então..

Wednesday, October 25, 2006

Fénix Invertida

Afinal pegaram neste renascimento, agarraram-no pelo pé e deram-lhe um tiro na cabeça.

Friday, October 20, 2006

Quero aqui dizer, hã..

Bom dia.

Estou a comunicar-lhes uma espécie de renascimento. A esperança que me restava fez-se valer. Lentamente ganho forças e alento. Como se passasse de cinzas a lume... Ainda é cedo para ter a certeza, mas se tudo correr bem em breve (espero) posso voltar a ser uma pessoa completa.

É que no decorrer dos ultimos quatro anos fui vítima de uma devastação da alma, por parte dos meus progenitores, sem que eles dessem por isso. Neste tempo todo nunca lhes quis dizer nada, porque mais do que tudo, não os queria magoar... É que eu cresci numa família onde a palavra dita não tem quase valor. As coisas são ditas e depois esquecidas. O meu azar é que eu não apanhei esse hábito. A minha cara-metade cedo se fez valer e mostrou-me o valor das palavras quando eu ainda não tinha toda a noção do seu impacto.

Sei que há quatro anos aprendi qualquer coisa... Não me lembro já o que foi, mas deixou-me com uma impressao completamente diferente do mundo. E não para o melhor. E à medida que isso me entristecia, os meus pais começavam a falar comigo como se fosse um adulto. Descobri que todos os dias em que tinha aulas de manhã, eles nunca discutiam, para eu ir para a escola com a mente descansada. Escusado será dizer, que a partir daí, esse princípio foi descurado. E eu, uma daquelas pessoas que tem medo que os pais se divorciem, não importa a sua idade, porque de alguma forma, o seu comportamento reflecte o meu futuro, comecei a piorar o meu já autodestrutivo modo de agir. Diziam que eu já não ria, mas isso já não era culpa minha. Bem sei que não posso culpá-los pelo meu consequente declínio a nível académico, mas tenho hoje a noção que de facto me afectavam, porque ontem, ao invés de pensar no que me estava a acontecer, durante uma aula um pouco mais parada, comecei a pensar num amigo meu, e noutras coisas. O que é mau nisto acontecer é eu ter dado por isso. Fiquei feliz, mas espero que este meu "conhecimento de que estou a sonhar" não afecte a minha recuperação.

De qualquer forma, com o já referido declínio da minha situação académica, as suas armas começavam a apontar para mim. Nunca fui um estudante que estudasse, mas nunca tinha tido maus resultados. Depois de um ano quase sem falhas, passei para um ano quase sem sucessos. Compreendo a revolta deles. Sinto-me sempre mal porque são eles que pagam os meus estudos. Tanto a revolta deles como a minha culpa me faziam sentir ainda pior. Mas no meu estado, ainda acho que fiz bem em faltar a aulas onde não me conseguia concentrar no que fazia, para passar algum tempo a relaxar e a divertir-me com os meus colegas. Nunca me culpo pelo que fiz. Só pelo que diziam de mim. Tudo o que fiz era absolutamente necessário à minha sobrevivência instantânea. Mesmo que a custo do futuro.

Depois começaram as obrigações. Tinha de trabalhar, mas não tinha inclinação para trabalhar com eles. O ramo não me interessa muito. A interpretação deles disto é que nunca lhes dou valor algum, que tudo o que fazem é em vão, porque eu só quero mandar aquilo tudo abaixo. Nível de moral a descer. Pensem na minha cara ao jantar quando tudo o que se fala é sobre trabalho, e depois passa-se para outro tema que se tornava habitual, eu. Começavam a fazer perguntas, tomando um tom cada vez mais agressivo. Tinha de ficar calado. Pelo bem de todos. Não conseguia fazer-lhes aquilo. O que esperava era acabar o curso e depois mudar-me para outro sítio. Também não suporto a ideia de pensarem que não gosto deles ou de estar com eles. (este post ja está a ficar comprido) .

Tentem compreender que o que eu sofria era de algo que podia ser evitado. E eu sabia-o. Isso agravava a minha dor. Sabia que não tinha de me sentir assim. Que eu é que de certa forma escolhia este estado.
A certo ponto, entrei num estado de graça. Quando conduzia, imaginava-me a bater contra outros ou contra coisas, a imaginar a minha morte. Quando eles me batalhavam a mente, imaginava-me dar uma cabeçada na mesa de forma a partir o crânio. Via na minha mente o meu próprio crânio a partir-se... Quando olhava da janela, quando agarrava em facas, enfim. as opções eram ilimitadas. A minha raiva culminava em picos de auto agressão. Leve, porque ainda tenho algum juízo... O meu escape eram os jogos de computador. Jogos agressivos. Infelizmente usados por eles para de novo me baixar a moral. Eram os jogos de computador e tu. Sabes bem.

Por fim, num dia fatídico, em que a minha tristeza começava a transparecer na faculdade, quando normalmente a escondia sob uma máscara, para depois chegar a casa e sentir-me ainda pior, voltei para casa, para uma última vez levar um murro psicológico... Ao jantar. Depois de jantar, levantei-me sem autorização, fui para um canto da casa, e deitei-me em posição fetal. A minha mãe culpava-me e ao meu pai de termos afastado o meu irmão de casa nessa noite. Sabia que tinha culpa, mas o meu irmão também nunca foi muito amigável comigo, especialmente nestes tempos, em que as minhas respostas não eram mais que um murmúrio. Naquele sítio, eu deixava o meu coração sangrar. A minha mãe veio ter comigo, após ter rugido mais umas pragas contra mim na cozinha, alimentando o meu gerador de dor, e não consegui conter-me... A minha sorte foi que apesar de não me conseguir conter, consegui salvá-la de algumas coisas... Pensei sempre o quanto me afectaria a mim se eu fosse fonte de tal dor a um filho meu... Por isso tentei poupá-la... Nunca sei porque faço isto...A minha vontade é de lhes jogar as minhas ruínas, que eu antes chamava mundo, em chamas e doença, para cima dela. Fiquei-me por a deixar espreitar pela fechadura.

Enfim, talvez seja o suficiente. Continuo a esperar que sim. Compreendo que há muita gente que sofre mais que eu. Mas não encontro outra dor que pudesse ser evitada... Uma condição imposta parece-me sempre uma questão de hábito. De vez em quando temos recaídas, mas geralmente penso que se aprende a viver com isso.. .penso... Agora quando me coloco no estado em que estava, sem saída aparente para além do tempo, (que estava seriamente intrincada na minha capacidade académica neste estado, coisa que seria de cerca de mais 5 anos) a minha dor era enorme. Eram os meus pais a fazer-me isto. Era eu a fazer-me isto. Era o meu irmão a fazer-me isto. E por fim era a hipótese de acabar com tudo, e a outra que me mostrava que podia simplesmente falar com eles. Mas sentir-me-ia culpado de lhes mostrar a minha dor.

Finalmente tudo acabou. Ou será que acabou? Às vezes, depois disto, sinto-me um louco dentro de uma casa de família, onde toda a gente é condescendente para mim, porque me passei dos carretos. Mas sempre é melhor que aquela situação.

Depois desta explicação para o meu estado aparente, talvez comecem a surgir posts de melhor humor.

Fica aí o som para a minha destruição -> Metallica - Dyer's Eve

Sunday, October 15, 2006

E então era como se tivesse os braços esticados para além de mim

Faziam uns meses, talvez uns anos, já não me lembro bem, desde que tinha aprendido a tocar guitarra (ainda aprendo. todos os dias em que toco. Não sei muito, mas consigo tocar algumas musicas.) e tinha-me juntado a uns amigos meus que tinham uma banda de rock/metal ou qualquer coisa assim e precisavam de um vocalista e um guitarrista. Ih, sei que não canto bem, mas ao que parece chegou.

Naquela noite não fazia muito frio, mas dava para senti-lo. "nos ensaios fico sempre com a voz gasta... " penso.. Peço ao baixista um Smint (oops publicidade), porque me dava sempre mais uns minutos de voz... então preferi previnir... talvez tenha ajudado, talvez não.

Fomos chamados ao palco. Todos sabem que o nome não era muito bom, mas também como é que arranjam um nome para descrever tudo o que uma banda é? Ri-me para mim enquanto andava. Como iria parecer aquelas pessoas um tipo à noite ir de t-shirt de manga comprida (sei la.. é o tecido da t-shirt so que com as mangas compridas..) e calções de ganga? Mas isso provavelmente passava mais pela cabeça da minha mãe (sim a minha mamã tinha que estar no meu primeiro concerto com a minha banda. Afinal ela investiu mais nisto que eu) que ela é que se rala mais com isso. Ria-me mais de nervoso.. não me ria como um tique nervoso, ria-me por estar nervoso. Este tipo de nervoso é sempre interessante para mim...

Interessante. apesar de o palco estar aberto à entrada de todos, ali no meio do chão, sem protecções nem barreiras, ao entrar lá dentro e olhar para fora, tanta cabeça. O nervoso desapareceu-me da mente, apesar do meu corpo ainda sentir os seus efeitos. Sabia que nada podia fazer agora senão o que era suposto. Elevei a minha guitarra para me enfiar dentro da fita. Não me sentia estranho. Apesar de ser o vocalista da banda, fui o único a não dizer uma palavra de cumprimento à audiência. O baterista e o guitarrista puseram-se a fazer uma brincadeira (que se calhar nos custara o que mais tarde vos vou dizer) como se tivessem planeado antes. Eram muito prolíficos. O baixista dizia boa noite e umas graçolas quaisquer (so me dá vontade de rir). Feitos novatos na cena, virámo-nos uns para os outros e perguntámos "Prontos?". Sem uma resposta uníssona, o baterista iniciou o compasso que daria lugar à mais perfeita interpretação do tema que jamais fizemos. Os acordes iniciais de Master of Puppets dos Metallica, o equipamento era emprestado mas tinham-me ensinado a passar de distorção para limpo e vice-versa (não que não soubesse, só não era o meu amplificador) . As luzes, etc.. Não sabia se ia ouvir a minha própria voz, só esperava que não saísse muito mau.. Quando comecei a cantar, fiquei mais descansado.. conseguia ouvir-me perfeitamente.

O concerto era dado na minha escola, não conhecia imensa gente, mas quem conhecia estava lá. Só faltava uma pessoa, mas a culpa não foi sua. Quando somos novos sujeitamo-nos a outros. No entanto, haviam crianças a adultos, gente de todas as idades. à volta de 200 pessoas ouviam o nosso som, a maioria sem saber como é que nós tínhamos chegado ali, porque enfim, Metallica não é para todos... As pessoas ficam sentidas. é muito barulho. Eu até entendo, apesar de ser um fã.

Mas o objectivo deste post não é isso... é a sensação... O facto... a cada movimento do meu braço na guitarra, a cada vibração das cordas da guitarra e da minha voz, sentia-me crescer.. Um crescimento anormal. Como se no meu lugar estivesse, eu, de braços abertos, como vemos nos filmes, de braços abertos, a crescer cada vez mais... A minha mente divaga por tudo menos a musica. Esta é já mecânica. Abraço toda a gente no recinto, e depois toda a zona.. não consigo explicar-vos.. nem sequer me dava conta disto, não fosse um "break" pelo baterista que me deixou perplexo. Quebrei a minha divagação, olhei para ele, e quando dei por mim, estava atrasado um compasso e cantei dois versos no lugar de um, para compensar. Impressionantemente a guitarra continuava a tocar a musica dentro de tempo. Prolífico. boa palavra. Concentrei-me de novo. Descobri, enquanto olhava para as caras das pessoas à minha frente, à minha volta, nas alturas em que não tinha de cantar, olhava para os outros membros. Era a melhor sensação de sempre. As pessoas à minha frente vibravam por nós ou pela música, duvido que sentissem o que eu sentia. Nem sei se os meus colegas da banda sentiam o mesmo. Sabia que estava a perceber algo fenomenal. Passámos da master of puppets para a for whom the bell tolls, também dos metallica. todas as musicas que iríamos tocar eram dos metallica, apesar de não sermos uma banda de covers só dos metallica. Aconteceu. O nosso som nessa noite seria o melhor que alguma vez eu ouviria... até um dia que está para vir. Os meus joelhos tremiam, eram os nervos, a minha voz falhou-me um pouco no for whom the bell tolls, mas temos que seguir em frente. Os solos enquadravam-se na perfeição. Não sei o que pensava... tenho uma lembrança desse dia...

De repente acordo desse espectacular sonho... Somos empurrados para fora do palco enquanto entramos na Enter Sandman (acho que disse "fuck" muitas vezes, e a escola tinha muitos bifes e era gerida por um bife..) Senti-me triste, queria ficar ali... Mas estava tão contente ... encontrara... estava ali... Até agora perdi-me... Sei onde estou mas preciso de muito trabalho para me encontrar. Trabalho a que não me posso dar devido a circunstancias externas. Não há-de ser nada. Com o tempo tudo passa. Hei-de voltar aos palcos...

Lembro-me de ver o filme do concerto. Na minha cara mal se nota que estou frente às pessoas... O vento disfarçou as minhas pernas fracas graças aos calções ;) A minha mãe treme (parece medo) a cada palavra que digo, a cada batida da nossa musica...

Estou feliz.

A sensação de ser maior que o meu corpo deixou-me uma marca profunda. Não tenho nada de especial. Sei que toda a gente pode sentir o mesmo. Não bebo, fumo ou tomo drogas, daí sei que não foi alucinação. Sinto que todos somos do tamanho do que possa existir... Sinto que apesar disso não ocupamos o espaço uns dos outros. Sinto que a nossa existência actual e a nossa dependencia voluntária (ou quase, em alguns casos) do material levam-nos à pequenez. Somos pequenos robos. Como se a era industrial tivesse aplicado uma camada de metal sobre todos os homens. Apesar de termos máquinas a desempregar alguns, comportamo-nos como máquinas, em vez de como seres humanos.

Para mim somos enormes. Dói-me a destruição e o desperdício de tanta gente.

Sou só eu. Sou só eu?

Thursday, October 12, 2006

Devaneios

Depois de ver a mini-série Bando de Irmãos( Band of Brothers ) e o filme Jarhead, apesar de não ser preciso ve-los, porque já tinha tido a mesma sensação de outras fontes, encontro-me hoje a perguntar-me se os presidentes ou os governantes já viram estes filmes/documentários. Pergunto-me também como é que as pessoas que viveram tal experiência alguma vez recuperaram... Vejo também o meu pai, que esteve no ultramar, que agora é uma pessoa aparentemente normal.. Não o debato com ele com medo de lhe provocar dor... Mas sinto-me estranhamente aliviado por "ainda" não ter tal experiência... Como pode alguém provocar tal conflito, tendo em mente os milhares, milhões que serão afectados por isto? Corrupção(tratado noutro blog) é uma coisa... mas isto... A guerra é um passatempo do diabo, se ele existe... Onde todos os homens que se metem nela perdem a alma... sinto eu... que só vi filmes e coisas do género... Os que morrem de alguma forma escapam-se a ter que viver assim o resto da vida... os que sobrevivem... como é possível voltar para um mundo assim? Como é possível sentir qualquer coisa depois de tal demonstração? não consigo exprimir-me...

... problema que reina imenso na minha vida, essa falta de propensão para a expressão... coisa que me prejudica a mim... de uma maneira incontrolável... como gostava de saber exprimir-me. Se conseguisse, os que agora me fazem tremer conseguiam sabe-lo sem tremerem também... Assim devo ficar calado e aguentar o meu tremor sem ruir...

...Sem ruir passaram os velhos monumentos romanos...Memórias estáticas de uma era, de uma cultura incrível. De realçar os monumentos romanos que estão lá faz mais de mil, mil e quinhentos anos, e os nossos... que permanecem durante uma década... duas talvez... A minha pergunta já não será tanto se não continuamos a ser grandes como éramos naquele tempo, se já não somos ambiciosos como antes éramos... Como sabíamos que podíamos mais que podemos agora... mas sim, se daqui a mil, mil e quinhentos anos, alguém contará a nossa história... Daqueles que viviam para o dinheiro... Daqueles que viviam em caixotes de betão... Daqueles que se destruíam tanto psicologicamente em retorno de um conforto material que , naturalmente, nunca chegava (de realçar nesta frase a destruição psicológica)... O que sobrará do nosso tempo para os estudiosos do futuro? Será que, como nós, passarão pelos impérios enormes e documentados... pela idade média...pela implantação da republica... e depois um golpe enorme? um vazio enorme, um buraco evolucionário... Poderá ser este um presságio do fim da nossa vida? "Se não têm mais história para me contar, não têm mais sentido de existir"... Porque não há vontade de grandeza? Porquê este afastamento da arte? Pudesse eu mudar alguma coisa... ah, mas posso... mas ainda não...

...ainda não é um plano recorrente na minha vida... ainda não, porquê? porque me falta unidade para comigo... E enquanto isto faltar... não consigo dedicar-me a mais do que ao melhor k consigo fazer pelo meu bem-estar... não sou egoista, pelo menos não me considero egoista, mas também que egoísta se considera egoísta? de qualquer forma... a meu ver, o que sinto, encontro-me num estado próximo de auto-destruição... às vezes sinto-me desvanecer... como se cada ponto de mim disparasse para uma direcção diferente...e tudo o k faço nessas alturas é lutar para permanecer... mais um segundo...

...mais um segundo na vida de uma criança...quando ainda só dizia na internet que tinha 16 anos... os meus doze anos... passei quatro anos a ter 16 anos no IRC... bons velhos tempos em que o IRC era rei. Agora temos conversas pessoas com cada um. pelo msn... pelo menos eu... antes haviam grandes discussoes online...agora há o som de gente a entrar e sair do canal (por favor entendam as figuras de estilo que uso... não há sons quando alguém entra ou sai do canal :S) mas i digress, ou como gosto de dizer, eu devaneio... Antes de chegar aos 16 anos era feliz... A partir dos 16 anos a minha vida deu um mergulho abismal. Acho que aprendi alguma coisa... não me lembro já do quê... sei que a partir daí... a minha vida tem andado em mínimos... Agarro-me ao que posso para me aguentar...

...Aguentar-me sem me rir quando vejo o presidente "cowboy" Bush a dar um discurso na televisão e a encravar a cada palavra... Não sei.. já não o culpo pelo que diz porque quero acreditar que há quem escreva os discursos por ele, mas sinceramente... se o tipo não aguenta uma frase sem entrar em ecrã azul.. Há algo de errado na américa.. há algo d errado em todo o lado também...

Há algo de errado em mim... há algo de errado em voces? acredito num poder enorme... não em deus... como já disse não quero ofender ninguém... acredito no homem... Acredito que o poder que faz o homem "bounce back" depois de ter passado por uma guerra... o poder de um homem querer erigir um monumento enorme... o meu poder , o vosso.. Esse monumento é o homem que o quis erigir. Juntamente com todos os que o ajudaram a erigi-lo...

Mas o que sei eu? força, se alguém sabe o que eu sei, se alguém sabe alguma coisa... eu quero saber alguma coisa...

Tuesday, October 10, 2006

Tu

Hoje perdi-me. Andava num mundo cinzento e preto.. Estava sozinho.. Ruídos altíssimos penetravam-me os ouvidos fazendo-me cambalear...Um sentimento de tristeza... de abandono.. assola-me... Apesar de presenciar o movimento, sinto como se o mundo estivesse parado...Como se o tempo passasse a uma velocidade que não dou por...E sinto-me velho...E frágil...Como se à mínima disfunção deste mundo morto um toque em mim me desfizesse em cinza...Uma simples camada daquela pele que sobra quando o bronzeado se vai... Sinto-me esvair-me nesta espiral tortuosa e descolorada...Com aquele ruído incessante a soar como um prenúncio do terrível...

Depois agarras-me a mão com mais força, e salvas-me do mundo... E estou a salvo... o som de uma brisa suave, num mundo vivo e cheio de cor...a melhor companhia...a vida regressa a mim... e olho-te e esboço um leve sorriso... merecias um sorriso enorme, mas faltam-me as forças... acabei de passar muito tempo... mas beijo-te levemente como agradecimento, embora nunca saibas o que fizeste por mim, o que fazes por mim...sempre que me acordas, minha cara-metade...amo-te

Sunday, October 08, 2006

Inconformacia

Bem, admito que os meus posts teem sido um tanto ou quanto negros... Bem, não quero dar a impressão de que não há nada de bom na vida. Visto que este blog é suposto ser um relato da minha vida mental, e sendo uma vida, deverá ter os seus altos e baixos..

Enfim, posto isso, avanço para o tema de hoje: Corrupção política

Todos estão cientes do sistema que governa o nosso país. Grande parte deve estar ciente da corrupção que por um lado faz o país andar para a frente, sim, não pode ser negado, às vezes até faz bem ao país, mas que em última instância, deixa a maioria das pessoas com uma sensação de frustração.

Para começar queria saber que tipo de gente é esta que está no governo a tomar as decisões... Se esta gente teve pais... não quero insultar ninguém, mas os meus pais ensinaram-me uma vez que nao devo fazer aos outros o que não quero que me façam a mim... Será que esta gente não tem consciência do que faz?

Depois gostava de apontar um dedo (qual não digo) aos partidos. A esses antros de putrefacção mental e espiritual. A minha ideia é que os partidos são como um sítio onde se pode ser corrupto sem culpa e onde o ensinamento é para os limpos, e dita "va la, torce um pouco o braço ao pobre".

Por fim e como não podia deixar de ser, queria dirigir a palavra ao povo. Ao povo que crê que o exemplo vem de cima, e por essa ordem de ideias, não trabalha porque os que se encontram na esfera superior da hierarquia também não trabalham. snif snif, cheira-me a preguiça.

Ora nós todos queremos que o pais esteja melhor , não é? ora nós todos sabemos que os nossos políticos estão até à cintura (para não dizer pescoço) em desonestidade e corrupção. Então porque procuramos tais ideais? Quem disse que o exemplo vem de cima penso que provavelmente se referia a Deus (D maísculo para não desrespeitar os religiosos, devo dizer-me agnóstico, não acredito em nada. Não sei se existe ou não, não tenho provas práticas de que sim, por isso fico à espera. Mas se tal acontecer, contem comigo para me converter de imediato)(xii parenteses longos sempre não é? perdem-se um pouco? comentem xD). Aí sim, está um exemplo que se deve seguir. Agora por favor... o que vós dizeis é preguiça... Temos todos que puxar um pouco mais (excepto aqueles que já estão a puxar) para que o país se erga de novo. Não estou a dizer que a culpa não é dos políticos, e que eles não deviam ter o povo que merecem.. Mas isso vem a seguir...


A minha ideia é a seguinte. O sistema agora é formado por partidos, que nas eleições conseguem um (designado pelo partido) para se tornar presidente da república ou primeiro ministro, e também uns quantos lugares no parlamento para os "deputados". Como referi anteriormente, estes partidos estão com bom aspecto por fora, mas completamente consumidos pela sua corrupção por dentro. Um engenho muito bem construído para que eles ganhem mais. Quem não quereria? ah pois...
Depois temos o problema que desta forma, a maioria dos presentes no parlamento viriam da capital (Lisboa). Isto daria ao resto do país uma falta de relevância que é extremamente evidente no Algarve, onde o turismo é desprezado, um recurso tão importante para a economia do país. Não quero denegrir as outras fontes de lucro do país, mas deve ser admitido que o turismo é importantíssimo para o país e principalmente o Algarvio, devido, naturalmente, às praias.

Assim.. vamos a ver... Contamos quantas pessoas (portuguesas ou que contribuem para o país) estão em cada distrito. Usa-se a proporção Habitantes/populacao para determinar quantos deputados do distrito vão para o parlamento. p.ex. estive a ver agora e se contei bem temos 225 deputados no parlamento. Se o Algarve (refiro-me sempre ao algarve porque sou de cá. duh.) tiver por exemplo 1,7 milhões de habitantes, e portugal tem 9,8 milhões, entao 1,7/9,8 = 0,1734... que por si, 0,1734... * 225 = 39,00... ou seja 39 deputados seriam do Algarve. Pelo menos poderiam mostrar ao resto dos deputados o que se passa no algarve. Vamos meter mais um, talvez dois porque não me dei ao trablho de ver se o primeiro ministro e o presidente da republica constam da lista de deputados. E depois de todos serem eleitos para o parlamento, fazermo-los escolher os 3 que cada um escolheria para o lugar de presidente da republica, talvez com 2a volta como temos agora, e depois o mesmo processo para o primeiro ministro. As pastas seriam um truque lixado... Penso que deviam haver cursos superiores de Deputagem, ou politica, porque nao sei se há , nunca vi... até era porreiro porque eu acho k agora os políticos vão para lá com um pouco daquela experiência de contar como é k as coisas funcionam, sem haver tipo um sítio onde se possa aprender mesmo...E penso que nessa altura cada um deve dar cartas do que sabe, e deixar o presidente e o primeiro ministro escolherem... ou mais interactivo, mandar um formulario por correio para toda a gente, para que cada pessoa escolhesse... e mandasse de volta... até era interessante... Isto já é o chamado "pushing the envelope", abusar da boa-vontade das pessoas... são só ideias. Isto é tudo uma ideia... Onde a ideia geral seria... Vamos unir-nos para melhorar o país... Concordo que os políticos do país tenham uma vida honrada e que sejam respeitados. Mas para isso é preciso haver confiança e respeito pelo sistema.

Assim, tenho dito... Comentem, eu sei que tenho falhas e gostava de ver o o que acham...

Saturday, October 07, 2006

Quem somos

A ideia de mundo inconformado provém basicamente do meu mundo. Da minha existencia, e de como há tanto no meu mundo a que não me posso habituar... tanto a que não posso baixar os braços e simplesmente aceitar... Parte desse tanto também diz respeito ao leitor, pois parte do meu mundo existe no exterior. A outra parte do meu mundo vai sendo libertada aos poucos do meu interior... como é com toda a gente que conheço... Aos poucos, poucos tão pequenos que normalmente não dá para perceber que é a minha alma que fez um flash em público, como se a minha máscara se despisse por uns segundos enquanto dirijo aquelas palavras e depois me fechasse de novo. A maioria das vezes em que essa rara e escassa essência de mim se liberta, sou vítima de mais uma agressão. As maiores agressões de que fui vítima... Provavelmente será por isso que só saio de mim de vez em quando, por muito pouco tempo.. para ver se ainda está a chover lá fora... Anseio pelo dia em que posso andar livremente pelo mundo... Mas esse dia não parece estar para breve. Já a ideia que esse dia alguma vez me alcançará é uma esperança ténue... Daí o meu inconformismo... A minha vontade de lutar pelo que sou... E não pelo que mostro...(Ao bom estilo de Joining You, de Alanis Morisette)(gostos musicais serão discutidos mais tarde. Tamos numa epoca inicial. Informação segue-se conforme me der na real gana) Se pudesse mostrar o que sou realmente e se acabasse por ser o que sou agora, meus leitores, e/ou leitoras (deverá ser sempre interpretado como uma visão geral das pessoas, masculino ou feminino, de todos os credos, raças e costumes), eu já cá não estaria convosco...Desde que ainda tivesse a coragem para fazer aquilo que referi agora...Senão ora dava em louco(também já estou quase lá) ora ficava como uma espécie de concha batida, mas eterna, vazia por dentro... Uma resistência natural aos assaltos auto-infligidos ou infligidos por outrém... Uma pessoa com o olhar frio, vazio e distante... Um louco sem calor, porque um louco natural tem uma vida enorme.. Servissem os loucos de exemplo para todos... Estes loucos que, regardless do que nós pensamos deles, ou do que eles pensam deles, vivem completamente livres de tudo... infelizmente têm que ser tomados conta para que não morram à fome...


Assim vão divergindo as minhas ideias... O meu inconformismo cresce, e só restam vocês, leitores (já disse que é para todos) para testemunharem da minha existência... Que existência peculiar, ser lembrado por gente que não conhece...

Secretamente desejo encontrar alguém como eu... mas que nunca venha a sofrer o que eu sofri... secretamente desejo que todo o povo seja como eu... Penso que há demasiada igualdade nas pessoas para o seu individualismo.. Apesar de sermos todos iguais (como eu acredito sermos iguais, em termos de direitos, porque eu no verão fico moreno, e no inverno fico mais branco... nunca percebi a questão do racismo, se todos mudamos de cor...) acredito que todos temos algo... nós próprios, e é o melhor que temos, e é o que temos de dar ao mundo...



Nota: Acabei de ter mais um momento de qualidade com a minha familia...deixou-me com vontade de desaparecer de uma maneira feia...

Infelizmente ou para meu bem, nunca hei-de perceber, vivo o meu mundo inconformado e luto imenso para nao me sujeitar a isto que me proponho fazer na minha mente... Luto contra esta vontade activamente durante o dia... Naturalmente os meus deveres sociais levam um rombo...

Bem, hei-de ca estar, uma parte de mim, de qualquer forma, para o proximo post.

Adeus, e até logo

Thursday, October 05, 2006

E no primeiro dia, eu fiz um blog!

Bem, é uma da manhã e não tenho mais nada que fazer, vou fazer um blog. Vou ocupar a internet com mais um espaço inútil. Inútil no sentido que não forneço serviço nenhum à comunidade sem ser talvez entreter...mas isso logo se vê.

Este blog deverá vir a ser o ponto de encontro dos meus devaneios mentais, das minhas alegrias, tristezas, basicamente do que sinto. Mas também um canal de transmissão de ideias. Quaisquer réstias de discussão filosófica e política virão decididamente parar aqui. E, naturalmente, nos dias de maior calor ou naqueles dias em que todos os parvos saem à rua para se meterem à minha frente sem sequer pensarem que pode existir outro carro na estrada naquela altura, verão aqui as produções, realizações e argumentações da minha prodigiosa e precocemente senil mente.

Assim, este blog servirá, quanto mais não seja, para manter a minha cabeça toda num sítio. Quanto mais não seja, na internet ;)

Obrigado pela vossa atenção,